de Itabuna, que registrou uma grande quantidade de crimes, de roubos a assassinatos e tentativas. A cidade ficou desprotegida depois que o Governo do Estado enviou a maior parte dos Policiais Militares de Itabuna para ajudar na segurança do Carnaval de Salvador.

Com isso, Itabuna sofreu com os crimes entre sexta-feira (9) e esta quarta-feira de cinzas. Um dos crimes aconteceu no domingo, tirando um filho da convivência do pai, um sofrimento que só quem perdeu filhos pode entender completamente.

Durante a madrugada, Carlos Ribeiro, conhecido como Carlinhos (foto), foi assassinado no posto de combustível onde trabalhava como segurança, no Jardim do Ó. Os bandidos chegaram em um Palio e roubaram a moto de Carlinhos. Logo adiante, o alarme da moto disparou.

Por isso, os marginais voltaram e atiraram nele. Carlos Ribeiro, pai de Carlinhos, culpa o estado por sua morte, por deixar Itabuna sem policiais para dar segurança em Salvador. “A cidade ficou totalmente abandonada nesses dias de carnaval, entregue aos marginais”.

Professor

“Meu filho era professor de música, trabalhou na Fundação Marimbeta até outubro de 2015”, conta. Carlinhos estava no 7º semestre de Educação Física na Unime mas, por não conseguir lugar na Marimbeta neste governo, foi trabalhar de segurança no posto, à noite.

“Sabemos que a politicagem existente nesse país deixa de fora profissionais comprometidos para que cabos eleitorais ocupem seus espaços. Meu filho foi um Educador Social comprometido com seus alunos e com a função que desempenho na Fundação”.

“Como professor de música, conseguiu enviar um adolescente para a Itália através do projeto Cantando Gino, que aconteceu em Trento, em 10 de setembro de 2012”. Carlinhos trabalhou na Prefeitura em dois governos, mas não teve chance no atual.

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