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20.Junho.2020

Pivô dos respiradores é mesmo do caso Wagner

bruno dauster


onde foi apontado, pela Polícia Federal, como intermediário da propina paga pela Odebrecht ao PT, através do Grupo Petrópolis, para a campanha de Rui Costa (PT) em 2014. Bruno Dausler é ex-funcionário de outra pagadora de propinas ao partido, a OAS.

A dona da empresa Hempcare, Cristiane Tadeo, presa em Salvador por fraude na venda de respiradores ao Congresso Nordeste, contou que "99,9% das negociações com o consórcio" foi feita com o ex-Chefe da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, que pediu demissão no dia 4 alegando problemas pessoais.

Dauster era um homem de confiança de Jaques Wagner e continuou em posição de poder com Rui Costa, assumindo a Casa Civil. Foi ele quem negociou a compra dos respiradores e contratou a Hempcare, empresa que nunca fabricou nada na área de saúde e se dedica a produtos derivados da maconha.

A parte da Bahia na compra envolveu 60 respiradores, por R$ 10 milhões, o dobro do custo unitário do mercado, dentro de uma compra para o Consórcio de R$ 49 milhões . A Hempcare subcontratou outra empresa, ligada a ela, a Biogeoenergy, que também não fabricava respiradores.

Respirador improvisado

Vendo uma oportunidade de fazer dinheiro, ela usou um projeto nacional que depois seria rejeitado pela Anvisa. Ninguém do governo baiano soube explicar como uma empresa de dericados de maconha foi contratada para fornecer respiradores médicos, até porque seu capital social era insuficiente.

Tanto a Hempcare, de Cristiana Prestes Taddeo e Luiz Henrique Ramos Jovino, quanto a Biogeonergy foram fundadas no mesmo dia, em julho de 2019. A primeira tem R$ 100 mil de capital social, insuficiente para uma venda de quase R$ 50 milhões. Cristina se apresentava como representante de uma empresa chinesa, através de um contrato falso.

A Hempcare é responsável por distribuir e vender aparelhos da Biogeoenergy, que nunca produziu equipamentos hospitalares. O dono dela, Paulo de Tarso Carlos, também foi preso e revelou que tratou do negócio com Dausler, o vice-governador João Leão e Cléber Isaac.

Em seus depoimentos, Cristina disse que os intermediários ficariam com R$ 12 milhões e Paulo de Tarso disse "ter certeza" de que Dausler "recebeu propina" no negócio.



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