Baronesas invadem o rio e criam "tapete"
no centro de Itabuna, transformando o visual urbano e atraindo pela beleza. O Rio Cachoeira foi tomado pelas baronesas nesta semana, mudando a cara do centro de Itabuna com um "tapete" que vai do bairro Conceição até próximo à BR-101.
A baronesa tem o nome científico de "Eichornia crassipes". Ela é originária da América do Sul, com ampla distribuição nos rios da bacia amazônica, e é considerada uma das 100 plantas de maior potencial invasor, em especial de ambientes poluidos.
A invasão de baronesas é comum e acontece todos os anos em Itabuna, porém, apesar da beleza, ela indica a presença de muita poluição na água. Elas são plantas aquáticas que se proliferam na sujeira, principalmente onde há despejo de esgoto nos rios.
O Cachoeira recebe esgoto sem tratamento de várias cidades ao longo de seu curso, facilitando a multiplicação das baronesas, mas a invasão tem um lado benéfico. A planta cresce fácil no rio poluído e filtra a água, absorvendo toda a sujeira.
Benefício dura pouco
O problema começa quando as baronesas secam e morrem. Isso porque toda a sujeira que a planta absorveu e que ainda não foi jogada fora do manancial vai ser devolvida para a água do rio. Além disso, as plantas apodrecem, gerando mal cheiro e poluição nas águas.
As plantas precisam ser retiradas manualmente ou usando retro-escavadeiras, porém o trabalho não é fácil, porque a baronesa se reproduz por brotamento, retomando o crescimento caso a parte de cima seja retirada. Suas raízes entrelaçadas também complicam a operação.
O ideal é começar a retirada logo no início da invasão. Existem três formas de controle. O químico não é recomendável, por causar danos ao ambientre. O físico, usado em Itabuna, não é muito efetivo. O melhor é o controle biológico, mas que precisa de estudos a longo prazo.
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