e responder por crime ambiental. A cidade já está sob toque de recolher, medida imposta pelo Governo do Estado que equivale à pena de prisão domiciliar para toda a população até o dia 25. O governador Rui Costa (PT) preferiu trancar todo mundo ao invés de proibir apenas os bares e aglomerações.

O decreto será seguido pela Prefeitura de Itabuna, praticamente sem mudanças. Ele vale das 22h até às 5h do dia seguinte, com previsão de que todos os estabelecimentos fechem as portas até 21 horas e os ônibus funcionem até 22:30 horas.

O horário de fechamento vale para todos, incluindo igrejas, templos, academias, bares, restaurantes e o Shopping Jequitibá. A secretária de Ordem Pública, Mariana Alcântara, lembra que os serviços de delivery também estão proibidos após às 22h.

Prisão e processo

Segundo Mariana, “quem estiver nas ruas a partir das 22 horas será levado para a delegacia. A exceção será para situações de emergência, como por exemplo, busca de atendimento médico ou compra de medicamentos em farmácias”.

“Estabelecimentos comerciais que insistirem em descumprir as normas do Decreto poderão ser multados e até mesmo cassado os alvarás de funcionamento e sanitário”. Ela afirma que haverá rigoroso trabalho de fiscalização nos estabelecimentos comerciais também durante o dia.

“Visitaremos os lojistas, os restaurantes, as feiras livres, mercados, bancos, entre outros. O objetivo é verificar se há o cumprimento dos protocolos específicos para cada setor, além de distribuir máscaras faciais”.

Um detalhe é que a PM e a Guarda Municipal vão entrar nos locais para verificar se fecharam de verdade. No último toque de recolher, que por sinal não diminuiu a pandemia, muitos bares e lojas de conveniência fechavam as portas mas continuavam funcionando internamente, com aglomerações.

Os postos de combustível que têm loja de conveniência podem funcionar depois das 22h, mas as lojas devem estar fechadas desde 21 horas. O decreto libera indústrias, empresas de saúde, centros de distribuição e serviços de entrega, assim como todos os legalmente essenciais, como rádios e tevês.

Culpa do governador

Apesar de reclamar do aumento de internações, foi o próprio governador quem liberou as passeatas e carreatas na campanha eleitoral e eventos até 200 pessoas, sabendo que são de difícil fiscalização. Apesar do toque de recolher, ele não revogou o decreto, lembra o Jornal das Sete, da rádio Morena FM.

A taxa estadual de ocupação de UTIs é de 77%, porém em muitos lugares, em especial no interior, os hospitais estão 100% lotados ou quase isso. Itabuna, por exemplo, na sexta-feira 19 só tinha x leitos vagos. Em Ilhéus, a ocupação tem ficado sempre em torno de 100%.

Outra preocupação do Governo do Estado é com a mortalidade. O número de novas mortes passou de uma média diária de 30 para 67, mais que o dobro. A Bahia se recusa a usar o tratamento indicado pelo Ministério da Saúde, mesmo ele tendo bons resultados em outros estados, como Goiás.