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morena fm
16.Novembro.2017

Fazendo um programa...


bb king Uma coisa que marcou a fama da Morena FM foi a qualidade de seus programas, junto com a diversidade de gêneros e a exclusividade. Um dos primeiros a cair no gosto do ouvinte foi o A La Carte, dedicado à MPB nacional e regional (a gente chama de MPG, de Grapiuna).

Era coisa rara ouvir MPB aqui na região, com as rádios limitadas ao brega, o samba reggae e as trilhas de novela. A Morena FM mudou isso com a força de programas que deram ao ouvinte a chance de conhecer novos ritmos, gêneros, tipos de música.

O Allegro, por exemplo, foi o único programa de música clássica já feito numa FM comercial. E, ao contrário do que esperavam, ganhou um público cativo formado por gente de todas as classes sociais, de todos os níveis de instrução. Vi isso em certa ocasião...

Logo que cheguei à rádio, Cida, nossa relações públicas, me disse que um grupo do bairro Pedro Jerônimo estava me esperando para reclamar do Allegro. Já entrei na sala imaginando os pedidos para sumir com o programa e substituir por algum som mais popular.

Não podia estar mais errado. O grupo me disse que era fã do Allegro e queria reclamar porque já fazia muito tempo que não tocava músicas de Villa Lobos, nosso maior compositor clássico. Meio envergonhado, prometi que tocaria mais o Villa e cumprimos.

Outro programa que mudou o cenário do rádio regional foi o By Night. Na época, só duas rádios, no país inteiro, transmitiam durante a madrugada, e sempre com programação gravada. A Morena FM já estreou transmitindo 24 horas ao vivo.

Em pouco tempo ela mostrou que a audiência na madrugada é imensa e, em 2015, fez uma pesquisa de hábitos do ouvinte de FM que comprovou isso. A madrugada tem a mesma quantidade de ouvintes que a tarde, pouco abaixo da manhã e da noite.

Sempre achamos que uma rádio não existe só para tocar o que as gravadoras empurram, pagando para construir sucessos nas emissoras. Para nós, uma rádio tem a obrigação de também educar musicalmente seu público, mostrar a ele outros tipos de música.

Foi assim, por exemplo, com o Jazz & Blues, que introduziu os gêneros que deram origem ao pop e ao rock; o Freeshop, com o som de todos os países, em especial da África e Oriente Médio; o Alma Latina, com salsa, mambo, ritmos caribenhos; o Horário Nobre, com o jazz instrumental.

Outros reforçaram e ampliaram o público de gêneros populares que raramente tinham espaço no sul da Bahia, como o ReggaeMania, trazendo desde o reggae da Jamaica até o da África e da Europa; e o Xamêgo da Morena, que transformou um ritmo que só tocava em junho em popular o ano todo.

Um destaque são os programas de rock, o Max Metal (de rock internacional) e o Rock Brasilis (rock nacional). Hoje a eles se juntou o Lendas do Rock (rock clássico) fazendo da Morena FM a rádio que mais promove o gênero fora das capitais.

Nestes 30 anos, só dois programas não foram produzidos pela própria Morena FM: o Conexão Europa (com César Rosa) e o Pop DJ (com Robert Andare, este ainda no ar), ambos de dance music, completados pelo lendário Hot Mix e o Dance Tracks.

Todos estes programas podem voltar, depois de descansar por alguns anos. Talvez no próximo ano parte deles seja resgatada.

Entre os atuais, o Trilha Sonora (de música de filmes e séries), o Expresso 98 (som dos anos 90), o Memory (flash back), o In Concert (especiais de artistas), By Night, A La Carte e Max Metal completam 30 anos no ar, como a rádio.

Para saber mais sobre os programas atuais, visite nosso site, morenafm.com Na semana que vem vou falar sobre a relação da Morena FM com os artistas.



A rádio Morena FM 98 completou 30 anos em dezembro de 2017, por isso seu fundador, Marcel Leal, conta aqui a história e as estórias da rádio mais ousada da Bahia.

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