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13 de Setembro de 2003

"O Museu do Cacau fechou porque o telhado caiu"

       revela Gutembergue Santos Silva, coordenador do Museu do Cacau em Ilhéus.
       Ele nasceu em Ouro Preto - MG, mas foi criado em Ilhéus. Formou-se em Museologia pela Universidade Federal da Bahia e trabalha no museu do cacau desde sua criação, passando a coordenar o local a partir de 1999.

A Região - Como surgiu o Museu do Cacau?
Gutemberg Silva - Foi uma iniciativa da museóloga Marinha Berbert Tavares Carvalho, que elaborou o projeto inicial e o encaminhou ao Governo do Estado.

AR - Com que finalidade ele foi criado?
GS -Foi criado com a finalidade de contar a história da cacauicultura e seu desenvolvimento na região sul da Bahia, preservar e divulgar os aspectos histórico e cultural da região.

AR - Qual a data de inauguração do Museu do Cacau de Ilhéus?
GS - O Museu do Cacau foi inaugurado em 14 de março de 1983, integrando o Instituto do Cacau da Bahia (ICB) - órgão da Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), onde permaneceu até a extinção deste.

AR - O que aconteceu com o Museu após a extinção do ICB?
GS - Em agosto de 1992, quando ele foi extinto, através do termo celebrado entre o Governo do Estado e o Banco do Estado da Bahia (Baneb), o Museu voltou a integrar a estrutura da Seagri, através do decreto 7.538, de 8 de março de 1999. Em dezembro de 1994, foi inaugurado o núcleo de Salvador e, assim, o Museu do Cacau passou a constituir-se de duas unidades, ambas situadas nos prédios do antigo ICB.

AR - Como é a estrutura do Museu?
GS - Em Ilhéus ele ocupa um edifício de linhas modernas, com salão de exposição permanente, salas de exposições temporárias, auditório e área administrativa. O núcleo de Salvador está instalado em uma área nobre do edifício, que abrigava a administração central do ICB e é composto por hall de exposições permanentes, salões de exposições temporárias, auditório, biblioteca, área administrativa e serviços gerais.

AR - A estrutura do Museu de Salvador é muito diferente do de Ilhéus?
GS - O prédio de Salvador foi construído entre 1932 e 1936, com o projeto do arquiteto Buddeus, em estilo Bauhaus, construção de Christien Nielsen. O acervo de Salvador é sobretudo arquitetônico, sendo seu interior em art décor, em especial o salão principal, com colunas, cerâmica, mobílias e adornos que remetem à origem do cacau, trazido da Bacia Amazônica para a Bahia, compondo um conjunto de rara beleza. O conjunto tem grande expressão naquele contexto, pois representa um acervo ímpar, despertando no visitante uma reflexão da importância da preservação daquele bem cultural e patrimonial.

AR - É verdade que estão querendo transferir o acervo de Salvador para Ilhéus?
GS - Sim, ultimamente alguns grupos têm insistido muito na transferência daquele acervo para cá, o que não tem sentido algum, já que são acervos bem diferentes.

AR - Diferentes em que sentido?
GS - O acervo de Salvador é, sobretudo, arquitetônico, e o de Ilhéus contém peças da arqueologia indígena, pinturas, esculturas, documentos, fotografias antigas, porcelanas, cristais, indumentária e outros objetos de adorno ligados ao cacau e ao sul da Bahia.

AR - E por que esses grupos querem a transferência?
GS - Talvez por não conhecer o acervo de Salvador, pois quem conhece sabe que é impossível transferí-lo para cá. Sem contar que não tem cabimento deixar a capital sem um bem precioso como esse.

AR - O Museu desenvolve algum tipo de atividade junto à comunidade?
GS - Sim, o Museu tem um setor educativo atuando em todos os níveis.

AR - Atualmente qual a situação do Museu do Cacau?
GS - A unidade de Salvador está funcionando normalmente e a de Ilhéus foi desativada há cerca de quatro anos. Agora é preciso unir nossos esforços com o objetivo de reativar esta unidade.

AR - Qual foi o motivo que levou à desativação da unidade de Ilhéus?
GS - Houve o desabamento do telhado do prédio onde estava localizada a Direc e, com isso, também ocorreram danos na estrutura local do Museu. Preocupados não só com o acervo, mas também com a segurança dos visitantes e servidores, decidimos que seria melhor parar para realizar as reformas necessárias.

AR - Nestes quatro anos alguma reforma já foi feita?
GS - Já foram feitas duas interferências pela Seagri no telhado, mas não surtiu o efeito desejado.

AR - Qual a importância do Museu do Cacau para a região, principalmente no que diz respeito ao turismo?
GS - Com o museu fechado há uma perda enorme com relação à história contada por ele através de vários documentos importantes, miniaturas da cacauicultura e muitos outros objetos.

AR - E o que pode ser feito para que o Museu seja reativado?
GS - Seria interessante que os órgãos ligados à cultura e clubes de serviços fizessem uma solicitação ao Governo para que fosse feita uma nova intervenção na cobertura, permitindo que o Museu voltasse a funcionar.

AR - Esse museu continua constando no Guia Turístico de Ilhéus. Os turistas costumam vir até aqui para visitá-lo sem saber que está desativado?
GS - Com certeza, inclusive no site da Seagri ele consta como se estivesse funcionando. No entanto a unidade de Salvador está em pleno funcionamento. Eu só gostaria, inclusive, de salientar que não se trata de dois museus, como muitos confundem, e sim de duas unidades do mesmo museu.

AR - E a coordenação é a mesma nas duas unidades?
GS - Eu faço a coordenação da unidade de Ilhéus, e existe uma coordenação geral que fica localizada em Salvador, atualmente feita pela museóloga Anna De-Vecchi Nogueira. Ele é mantido pela Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária do Estado da Bahia.

AR - O acervo é composto por quantas peças e a quem elas pertenceram?
GS - O acervo de Ilhéus conta com 2.500 peças, sendo que algumas pertenceram às famílias tradicionais da região. Temos o acervo arqueológico, que já é um bem do Estado, e outras peças que foram doadas ou compradas.

AR - Quando estava ativado o Museu atraía apenas os turistas?
GS - Atraía todas as pessoas, não só os turistas, como também estudantes e pesquisadores de outros países.

AR - A Universidade nunca teve ligação com o Museu do Cacau?
GS - Na década de 80 houve um convênio entre a Fespi (atual Uesc), a Ceplac e o ICB, mas foi uma parceria que não avançou. Se fosse hoje, com o desenvolvimento da Uesc e da Ceplac, seria bem diferente. O museu não só serviria como campo de estudos para a universidade, como também para a comunidade local.

 

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