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10 de Janeiro de 2009

Solon Pinheiro, vereador de Itabuna

"Não podemos aceitar uma Câmara refém do prefeito"
solon - diz Solon Pinheiro (PSDB), o vereador mais jovem de Itabuna desde a redemocratização. Neto de uma das maiores personalidades itabunenses, Maria Pinheiro, ele tem 26 anos e foi o quarto mais votado nas eleições.
      Na entrevista ao A Região, Solon fala das pressões que sofreu da direção municipal do PSDB para apoiar a chapa governista na eleição da Câmara. Do outro lado, teve o apoio do presidente estadual, Antônio Imbassahy. E resistiu.
      Já apelidado de “menudo” da Câmara, ele diz que espera ter um mandato marcado pela independência, focado em ações e projetos para a juventude. Solon foi eleito o primeiro vice-presidente da Câmara.

A Região - Você chega à Câmara depois de duas disputas, sempre entre os mais votados. Qual a lição que tira desse processo?
       A vocação política vem da infância, dos grêmios estudantis, Colégio Eficaz, Divina Providência. Desde os 10 anos eu já participava das ações sociais de minha avô, Maria Pinheiro. Participei da primeira eleição para vereador aos 21 anos, baseado num trabalho social, quando fundamos uma associação de jovens e atendíamos a pessoas carentes.

AR - A candidatura foi uma ideia sua?
       A gente percebeu que, para desenvolver um trabalho social e colocá-lo em pratica, iria precisar de um mandato. Sem ele, pouca coisa poderíamos fazer, pois as dificuldades são grandes. Em 2004, tivemos uma votação muito boa. Perdemos a eleição, mas continuamos nosso trabalho.

AR - Quais são as prioridades para o mandato?
       A gente sempre defendeu, e continua defendendo, um legislativo independente. Não podemos aceitar uma Câmara refém do poder executivo. Devemos fiscalizar o executivo, votar projetos e leis para beneficiar a população. Não serei um vereador de gabinete.

AR - Já existem projetos para ser apresentados?
       A prioridade é o projeto Primeiro Emprego, que vamos discutir com CDL, Associação Comercial e a sociedade, logo que começarmos os trabalhos legislativos, em fevereiro. Juntos, iremos analisar juridicamente a possibilidade de implantar lei para as empresas destinarem vagas para os jovens terem acesso ao primeiro emprego.

AR - Seu mandato será focado na juventude?
       O mandato estará voltado a todos os setores, mas o mandato do vereador é limitado, é importante ter uma causa prioritária. Eu vejo a questão do jovem como prioridade, ampliar os empregos e a qualificação para os jovens.

AR - Os dias anteriores à posse foram marcados pela tensão. Como você analisa a disputa pela Mesa da Câmara?
       Uma característica importante na minha vida é o compromisso. Uma vez feito com o G-7, poderia aparecer a proposta que fosse. Eu continuei com o grupo.

AR - O compromisso envolvia apenas cargos?
       Nosso compromisso foi constituir um grupo independente do governo, mas não de oposição a Azevedo. O vereador, a Câmara, tem que ter liberdade para cobrar, falar, fiscalizar. Vereador refém do governo não pode opinar, reivindicar, criticar. Nosso grupo tem esse perfil.

AR - Você sofreu pressões do partido, do governo, mas resistiu. Quem o apoiou na decisão de fechar com o G-7?
       A direção estadual nos deu essa liberdade de dialogar com o diretório municipal e chegar a um entendimento. Embora o presidente do partido, José Adervan, tivesse feito muita pressão para compor com o governo, nós permanecemos firmes na nossa decisão.

AR - Houve oferta para o PSDB votar na chapa do governo?
       O PSDB municipal não queria um vereador de oposição ao prefeito. A partir do momento em que eu mostrei ao diretório que nosso objetivo não seria o de fazer oposição, mas de ter liberdade de mandato, eles entenderam.

AR - Como fiel da balança, você deve ter recebido todo tipo de proposta. O assédio do governo foi muito grande?
       Diretamente, em conversas comigo, nada foi proposto. As propostas que eu fiquei sabendo foram direcionadas ao presidente do partido (Adervan). Ao vereador, não houve.

AR - E qual foi a proposta do governo ao presidente do PSDB?
       O que se fala na cidade é de presidência da Câmara e secretaria de esporte, mas eu não tenho nenhum tipo de informação oficial nesse sentido.

AR - O fato de Azevedo ter deixado vago o cargo de secretário de esporte não seria um indicativo dessa proposta?
       Não. Eu acreditava que a secretaria de esporte iria para Alcântara Pellegrini. Para mim, foi uma surpresa ele não ter sido nomeado. Era um nome dado como certo, até pelo apoio que a UBI (União das Bancas de Itabuna) deu à eleição de Azevedo.

AR - A eleição envolveu até uma notícia falsa de que você teria sido seqüestrado. Como foi esse episódio?
       Ligaram para minha casa, deram essa informação. Eu não sei quem ligou. E o povo até questionou porque a gente ficou fora de Itabuna. Ficamos para conversar, discutir política com o G7 e estudar o funcionamento do Legislativo. Foi até bom para nos livrar dessa pressão.

AR - Para fugir da pressão ou da tentação das propostas adversárias?
       A pressão. Você vê que nesses cinco dias que a gente ficou fora já deu no que deu, boatos, especulações, ligações... A pressão seria maior se ficasse aqui.

AR - Como ficou a sua relação com o PSDB, com José Adervan?
       Sempre comento que divergências se tem até dentro de casa, imagine dentro de um partido que reúne gente com pensamentos diferentes. Discutimos idéias, mas contornamos tudo isso. O PSDB local entendeu que a nossa decisão foi a melhor.

AR - Você convenceu, então, o diretório?
       A prova disso é que o grupo de lá deveria ter o mínimo de seis votos, mas só teve quatro. Mostrei ao diretório que o G7 é harmônico e o de lá não tem essa harmonia, essa sintonia. Dois traíram eles mesmos.

AR - Você esteve entre os mais votados em 2004 e é o único vereador do PSDB. Quais são seus projetos políticos?
       Pela idade, tenho muitos anos de vida na política. Eu vou trabalhar para ter sucesso, mas é cedo. Daqui a um ano, um ano e meio, vamos analisar o mandato, ouvir o partido, as pessoas e ver se é momento para disputar mais uma eleição.

AR - Mas daqui a um ano é 2010. Seu projeto é ser deputado?
       Oficialmente, ainda não sou candidato, mas se essa for uma decisão do partido e se a sociedade julgar que é o momento, seríamos sim.

AR - Você se considera a principal figura do PSDB?
       Não diria o principal representante. Sou o vereador do PSDB em Itabuna. Vamos aproveitar esse momento para re-estruturar o partido no município, atrair novas lideranças e torná-lo forte.

AR - Como vereador mais jovem, como você lida com isso e com o assédio e o apelido de “menudo” da Câmara?
       O apelido de menudo pegou, não é? Mas é importante na vida ter pé no chão. Encaro tudo isso com humildade, pois só vou estar onde estiver se o povo quiser. Precisamos tratar bem o povo. E o assédio... tem que ter habilidade para se sair de situações como essa.

 

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