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03.Agosto.2002

"Não recuperaremos a economia se não houver mudança política"

afirma João Xavier, ex-secretário de Esportes da Prefeitura de Itabuna, candidato a deputado federal pelo PMDB. Defensor intransigente do voto regional, Xavier está nas ruas pregando seu nome, e no caso em que o eleitor tenha outra preferência, pedindo que vote em outro candidato, mas que seja de Itabuna e com propostas em favor da Região Cacaueira. Em meio ao descrédito que o discurso político ganhou nos últimos tempos, João Xavier vai à luta escudado em sua própria história de trabalho e contando com o apoio do prefeito Geraldo Simões. Eu creio que meu currículo e esse apoio terão efeitos positivos para minha candidatura, diz esperançoso.
       Tradicional batalhador pela regionalização do futebol, João Xavier acrescenta à sua bandeira de campanha as preocupações com a recuperação da cacauicultura. Na visão do candidato, se a região tivesse representação política competente os produtores não mais estariam soibrenadando numa crise que já dura dez anos.
       A seguir os principais trechos da entrevista ao repórter Ailton Silva:

A REGIÃO - Diante das dificuldades impostas pela verticalização, a candidatura do senhor é pra valer ou é uma forma de plantar seu nome para futuros projetos políticos?
João Xavier - Pela minha história de vida, por tudo aquilo que já realizei em Itabuna, não. Embora a verticalização tenha criado dificuldades para alguns partidos, nossa candidatura é pra valer, até mesmo pelo princípio da necessidade que a região tem de eleger pessoas compromissadas com nossos problemas. Nós sempre tivemos uma experiência negativa quando se vota em candidatos de outras regiões. Então o sul da Bahia, que atravessa momentos difíceis, não tem tido nenhum apoio do governo Estadual em trazer projetos econômico-sociais que possam enfrentar a crise existente há 10 anos e desenvolver a região. Enfim, nossa candidatura visa formar ao lado de uma bancada forte, para que possamos defender os interesses regionais.

AR - O senhor imagina que essa baixa representatividade da região na Câmara Federal vai mudar em 6 de outubro?
JX - Creio que sim. O eleitorado está se conscientizando de que não recuperaremos a economia, se não houver mudança política, com atenção maior para os candidatos da região. Talvez tenha sido o primeiro candidato a deputado federal que está fazendo um trabalho de conscientização das pessoas com quem tenho oportunidade de conversar, para que, se não tiver preferência pelo meu nome, votar em outro candidato de Itabuna, compromissado com a Região Cacaueira.

AR - No entanto, prefeitos apoiam pessoas de outras regiões, e os candidatos fazem dobradinhas com políticos de fora...
JX - Lamento profundamente, porque na teoria se diz uma coisa e na prática se faz outra totalmente diferente. Acho que Ilhéus e Itabuna, onde se concentra a maioria dos candidatos, deveriam oferecer um apoio maior aos candidatos regionais. Realmente, há muitos políticos que pregam o voto regional, mas na hora da eleição trazem candidatos de fora, que aqui são votados e desaparecem até a próxima eleição.

AR - Itabuna, considerado seu coeficiente eleitoral, não teria excesso de candidatos à Câmara?
E.L. - Acredito que a democracia é necessária para que as pessoas tenham opção. Então se o cidadão tem de direito de votar ele tem direito de ser votado, de ser candidato. Os candidatos à Câmara Federal, que são quatro na nossa cidade, me parecem perfeitamente condicionados ao percentual de votos que nós temos. São mais de 134 mil votantes para quatro candidatos.

AR - O senhor acredita que formar ao lado do prefeito de Itabuna pode ser um fator positivo na sua campanha?
JX - Perfeitamente. Fazemos parte de uma coligação que elegeu o atual prefeito, participamos do governo como secretário (de Esportes), tivemos ações positivas, e o governo Municipal está trabalhando, trazendo desenvolvimento para Itabuna. Na realidade eu creio que meu currículo e esse apoio terão efeitos positivos para minha candidatura.

AR - Na sua opinião, quais são as grandes bandeiras que devem ser levadas à praça nessa campanha para deputado federal?
JX - Em primeiro lugar, reafirmo que temos de eleger deputados vinculados à região. O segundo passo é defender a cacauicultara, pois acredito que o cacau ainda é a mola mestra do desenvolvimento do sul da Bahia. Sou defensor intransigente da revitalização da Ceplac, porque essa instituição é importantíssima no processo de recuperação da lavoura cacaueira. Se tivermos representatividade suficiente na Câmara Federal, seremos capazes efetivamente de trazer os recursos que faltam para o cacau, até agora não liberados pelo governo Federal. Como esse objetivo não foi atingido até o momento, os produtores estão sem condições de recuperar suas roças e até de pagar dívidas antiga.

AR - De que forma a candidatura de Luiz Prisco Viana ao governo do Estado poderá facilitar a eleição do senhor?
JX - AA partir do momento em que a campanha começar pra valer, evidentemente a candidatura do ex-deputado Prisco Viana vai atrair votos para todos concorrentes do partido, inclusive para a nossa candidatura. Na realidade pode-se observar que a campanha ainda não começou de verdade. A disputa começará a partir do horário eleitoral obrigatório no rádio e na televisão, de sorte que Prisco Viana tem todas as condições de ser eleito governador e alavancar votos para os candidatos a deputado.

AR - O PMDB não está em desvantagem quanto ao coeficiente eleitoral, em vista das coligações partidárias?
E.L. - O coeficiente de uma eleição para deputado federal fica em torno de 120 a 130 mil votos. A vantagem do PMDB é não ter feito coligação proporcionalmente, o que beneficia o partido, porque ele dispõe de candidatos com potencial de votos muito grande. A avaliação é que os 11 candidatos na disputa das próximas eleições, além do voto de legenda, têm capacidade de reunir cerca de 700 mil votos. Isto me favorece de certa forma, pois estou entre os oito primeiros candidatos com expectativa de conseguir votação expressiva, o que facilita a nossa eleição.

AR - A oposição mais uma vez está dividida para as eleições deste ano. O senhor acredita que mesmo assim é possível enfrentar a máquina do governo estadual?
JX - Acredito que sim. Nós sempre tivemos a capacidade de ir à luta e mostrar nossas propostas. Os candidatos da oposição estão trabalhando para chegar ao segundo turno, sabemos que haverá dificuldades mas vamos chegar. Essa é a primeira etapa. A segunda será um trabalho dos partidos de oposição para vencer as eleições para o governo do Estado.

AR - Como foi o trabalho do senhor como secretário de Esportes de Itabuna?
JX - Desde a primeira gestão do atual prefeito que implantamos diversos projetos no município, entre os quais o Campeonato Interbairros de Itabuna, que tem revelado ótimos jogadores, e criamos as escolinhas de bairros, que hoje têm cerca de 400 alunos. Isso significa que estamos tirando crianças e jovens das ruas, da marginalidade, do tóxico, da bebida. Quando esses alunos não estão na escola, estão no campo, quadra ou piscina, praticando esportes, com acompanhamento de monitores profissionais. O projeto para as escolinhas de campo vai beneficiar 2.400 crianças, enquanto as da Vila Olímpica atendem 1.200. Também encaminhamos um projeto, através do deputado Edmon Lucas, para o Ministério dos Esportes, que prevê a recuperação do estádio Luiz Viana Filho. Enfim, serei o deputado do Itabuna Esporte Clube e da Região Cacaueira.

AR - O que está faltando para tornar o esporte regional mais forte e competitivo?
JX - Falta apoio do empresariado. Não se pode fazer futebol profissional sem que haja parceria com os empresários. Observe que todos os clubes brasileiros, especialmente os maiores, têm parceria com empresas importantes, e não tem porque fugirmos à regra. Falta o entendimento de que o futebol é um mercado tão grande como qualquer outro para o desenvolvimento da cidade. Outra questão que nos prejudica é a estrutura do Campeonato Baiano, que é interiorizado mas não é regionalizado. O certame teria que ser interiorizado mesmo na região, com a participação de Itabuna, Ilhéus, Coaraci, Eunápolis e outros que já têm estádio com iluminação, podendo formar uma grupo. O mesmo seria feito em outras regiões, cruzando, tirando-se duas equipes de cada grupo até chegar à decisão. A capital também teria sua chave que disputaria a grande final. Aí sim, teríamos um campeonato forte, com a mobilização de todas as regiões.

AR - Itabuna chegou aos 92 anos de emancipação política na semana passada. O que o município já conquistou e ainda tem por conquistar?
JX - Falta ainda muita coisa a ser conquistada, não só por Itabuna nos seus 92 anos, mas por toda a região, onde temos 250 mil pessoas desempregadas. Esses desempregados vêm para o município, alimentam bolsões de favelas em Itabuna e Ilhéus, dificultam a administração pública. Mas o prefeito Geraldo Simões tem feito uma governo bom, pois em um ano e meio de gestão já executou obras que em quatro anos prefeitos anteriores não realizaram.

 

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