Protocolo salva vida de infartado
Em Salvador, um protocolo pioneiro na América Latina (IAM) implantado em julho de 2009 pelo SAMU 192, tem revolucionado o atendimento às vítimas de infarto na capital e região metropolitana.
Através de uma rede integrada de atenção, o serviço consegue identificar precocemente os pacientes com quadro clínico com suspeita do agravo e realizar com agilidade a desobstrução das artérias que irrigam o coração.
"O SAMU pode ser acionado pelo 192 ou pelas próprias unidades de pronto atendimento e hospitais. Nossa rede monitora em tempo real as suspeitas diagnósticas de infarto em sua modalidade mais grave".
"Quando surge algum paciente com perfil eminente, a equipe do Protocolo IAM se encarrega de colher as informações, entre elas, o tempo desde os sintomas", diz Pollianna Roriz, médica coordenadora do Protocolo IAM.
Durante os atendimentos, os profissionais viabilizam a recanalização da artéria por meio da remoção imediata para serviço especializado com hemodinâmica para realização do procedimento chamado angioplastia.
Para garantir a agilidade e todo o suporte necessário para atenção imediata do paciente, a Prefeitura mantém um convênio com os hospitais Português e Santa Izabel, onde os usuários permanecem até a recuperação.
Nas situações mais críticas, as equipes do SAMU fazem a desobstrução arterial com uma medicação intravenosa trombolítica, procedimento bastante difundido em muitos países de primeiro mundo.
Se aplicada em tempo hábil, como nas primeiras três horas do início do quadro, o método aumenta a chance de sobrevida do infartado em até 90%.
"A ação rápida da equipe da emergência na assistência ao paciente com infarto é o principal fator para salvar a vida nesses tipos de caso".
"Infelizmente, as pessoas buscam atendimento médico no momento mais crítico do infarto, com muitas horas do início dos sintomas, quando as chances de reverter o quadro é mais complicado".
"Mas o Protocolo IAM nos permite fazer a busca ativa dos pacientes cardíacos e elevar as chances de sobrevida do assistido", explica Pollianna.