Eternit é condenada por amianto
A Justiça Federal condenou a fabricante de coberturas Eternit a pagar multa de R$ 500 milhões por danos morais coletivos, dinheiro que será usado para tratar pessoas que adoeceram após serem expostas ao amianto.
Por meio de sua controlada Sama Minerações Associadas S.A., entre 1940 e 1967, ela explorou a substância, usada na fabricação de telhas e tanques, em Bom Jesus da Serra, no Sudoeste baiano.
O valor, conforme decisão do juiz federal João Batista de Castro Júnior, deve ser destinado aos municípios de Bom Jesus da Serra, Poções, Caetanos e Vitória da Conquista para tratamento dos doentes.
A Justiça determinou que a empresa pague R$ 150 mil a 11 trabalhadores que, comprovadamente, ficaram doentes devido ao amianto. Ele pode causar câncer no pulmão e doenças que demoram até 30 anos para se manifestar.
A quantidade de pessoas que adoeceram é maior, segundo o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual, autores da ação iniciada em 2009. As doenças mais comuns são dois tipos de câncer.
Um é conhecido como “pulmão de pedra”, ou a asbestose, que aos poucos destrói a capacidade do órgão de contrair e expandir, impedindo o paciente de respirar; o outro, mesotelioma, acomete a membrana que envolve o pulmão.