Temer defende parlamentarismo
O presidente Michel Temer sugeriu que o Brasil adote um modelo parlamentarista de governo já para as próximas eleições, em 2018, em uma entrevista concedida à Rádio Bandnews.
“Eu acho que nós poderíamos pensar, uma mera hipótese, num parlamentarismo para 2018. Pelo menos eu não veria como um despropósito”, afirmou.
O presidente reforçou que vai levar adiante uma proposta de reforma político-eleitoral, elaborada em comum acordo com o Congresso e o Tribunal Superior Eleitoral, com a intenção de que ela seja válida nas próximas eleições.
Algumas mudanças, no entanto, especialmente no que se refere às regras eleitorais, teriam ser aprovadas nas duas casas do Congresso até o próximo mês, porque a lei prevê a anualidade.
Outras leis teriam que ser aprovadas com seis meses de antecedência da eleição. Temer também negou que seu governo tenha ficado parado durante os últimos 70 dias, enquanto ele enfrentava a análise da denúncia contra ele.
Temer ressaltou que, no período, foram aprovadas 12 medidas provisórias e a Reforma Trabalhista. O presidente classificou o processo na Câmara como “kafkiano”, em referência ao escritor Franz Kafka.
“Você começa um processo de tentativa de retirar o presidente da República sem um motivo sólido. Você sabe que há aquela história da gravação, que foi feita por um cidadão que havia confessado milhares de crimes".
"Na verdade, foi algo muito bem urdido, muito bem articulado”, afirmou, desqualificando as provas apresentadas pelo procurador com base no áudio entregue por Joesley Batista, dono da JBS.