Borracha quer uma alíquota maior

Representantes da cadeia produtiva da borracha pediram à Câmara de Comércio Exterior a elevação temporária da alíquota para a borracha natural importada pelo país dos atuais 4% para 35%.

O segmento defende que o aumento serviria de salvaguarda para manter a renda do produtor nacional e novos investimentos em seringueiras em um momento de queda dos preços internacionais da matéria-prima.

O pedido é capitaneado pela Câmara Setorial da Borracha, sob o argumento de que o segmento passou a ser penalizado pela demanda mundial em queda.

O produtor de seringueira e pesquisador da Ceplac Adonias Castro Virgens Filho disse que também está preocupado com os atuais estoques mundiais da borracha de 3 milhões de toneladas, depreciando ainda mais as cotações.

No plano internacional, há forte pressão de oferta dos países asiáticos em razão da renovação de florestas na Ásia e da entrada do Vietnã e Myanmar como produtores.

No sul da Bahia, o preço do quilo do coágulo seco a 57% está em torno de R$ 2, variando até R$ 2,50, segundo Adonias. A Bahia é o segundo maior produtor de borracha natural do país, com 32 mil hectares de seringueiras.

Isto represnta 23,6% da área total no país. No Brasil são cultivados 141 mil hectares, sendo 39,3% em São Paulo e 15,7% no Mato Grosso.