IPCA-15 foi o menor desde 2006
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial, registrou em setembro seu menor patamar desde 2006.
Puxado sobretudo pela queda nos alimentos, o indicador ficou em 0,11%, ante crescimento de 0,35% em agosto. Em 2006, os preços subiram em setembro 0,05%. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE.
Os alimentos voltaram a ficar mais baratos em setembro. O grupo alimentação e bebidas registrou um recuo de 0,94% nos preços, após já ter diminuído 0,65% em agosto.
O grupo, responsável por cerca de 25% da cesta das famílias, foi responsável por um impacto de -0,23 ponto porcentual sobre a taxa de 0,11% do IPCA-15 de setembro.
O resultado foi suficiente para neutralizar o aumento nas despesas com transportes no mês (1,25% de alta, uma contribuição de 0,22 ponto porcentual).
Os preços dos alimentos consumidos em casa recuaram 1,54%, com destaque para o tomate (-20,94%), o feijão-carioca (-11,67%), o alho (-7,96%), o açúcar cristal (-4,71%) e o leite longa vida (-3,83%).
Todas as regiões pesquisadas tiveram quedas na alimentação no domicílio, com variações que foram de uma redução de 1,90% em Goiânia até recuo de 0,99% em Belém.
A alimentação fora de casa, porém, aumentou 0,14% no IPCA-15. O maior avanço foi registrado em Salvador (0,90%). Em Curitiba houve redução de 1,50%.
Na outra ponta, a vilã dos preços registrados pelo indicador é a categoria de transportes, devido aos efeitos de alta em passagem aérea e o impacto final do aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis.
O IPCA-15 leva em consideração a mesma cesta de produtos e serviços do IPCA, mudando o período de cálculo. Os pesquisadores colhem preços nos últimos 15 dias do mês anterior e nos 15 dia do mês vigente.