PT recebeu R$ 1,5 bilhão em propina
Na noite de terça, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Mais a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, os ex-ministros petistas Paulo Bernardo, Guido Mantega, Antonio Palocci e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. Todos são acusados pelo crime de organização criminosa.
Os petistas são acusados de “promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”. Segundo Janot, os acusados receberam R$ 1,5 bilhão em propina.
Segundo a denúncia, entre 2002 e 2016 os acusados "integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República".
A quadrilha agia "para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral. Para Janot, o PT é parte de uma organização criminosa “que congrega, pelo menos, os partidos do PT, PMDB e PP".
A investigação teve origem nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Cabe ao relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, notificar os denunciados.
Janot pediu o bloqueio de R$ 6,5 bilhões dos ex-presidentes Lula e Dilma, dos ex-ministros Antônio Palocci, Guido Mantega, Paulo Bernardo, Edinho Silva e Gleisi Hoffmann, além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Janot também requereu a condenação de todos os acusados à reparação de danos materiais e morais "causados por suas condutas", fixando-se um valor mínimo global de R$ 300 milhões.
O ex-ministro Antonio Palocci confirmou ao juiz Sergio Moro que Lula avalizou "pacto de sangue" no qual a Odebrecht pagaria R$ 300 milhões em propina entre o final do governo Lula e os primeiros anos de Dilma. Com Diário do Poder.