Hospital de Base pode ter greve
Após cortar o adicional de insalubridade de quem trabalha nas unidades básicas de saúde, o Prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, cortou o benefício dos trabalhadores do Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães.
Na segunda-feira, 2, o sindicato da catgegoria decidiu, em assembleia, dar um prazo de 20 dias para que o corte seja revisto, do contrário iniciarão uma greve. O Sindserv também quer acesso ao relatório que embasou a retirada da Insalubridade.
O diretor do Sindiserv Levi Araújo critica a atual gestão, pela sobrecarga de trabalho, condições precárias e ataques sistemáticos aos direitos da categoria.
“Hoje, nas enfermarias, um técnico de enfermagem fica responsável por 18 pacientes”. O sindicato diz que o corte da insalubridade é ilegal, pois está previsto em lei. “Os trabalhadores e o sindicato não vão aceitar este corte, pois trabalhamos num ambiente totalmente insalubre”.
O Sindserv estuda medidas judiciais e denúncia ao Ministério Público. Uma das justificativas para cortar a insalubridade foi a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI).
Levi esclarece que, mesmo usando máscaras, luvas e aventais existe o risco de contaminação. "O sindicato orienta os servidores a se recusar a atender pacientes sem os equipamentos de proteção. A responsabilidade é do Hospital”.
Segundo Levi, o clima está tenso no Hospital de Base. "Há demissões em massa de servidores contratados, ataques aos direitos, precárias condições de trabalho e caça às bruxas nos últimos oito meses". Para Levi, é preciso que o diálogo prevaleça para que os problemas sejam superados.
“Não se pode achar que tudo que foi feito até agora está errado e que todos os problemas do Base serão resolvidos a toque de caixa e de forma arbitrária, sem dialogar com o sindicato e com a categoria, porque este Hospital só está de pé hoje graças aos servidores”.