Prefeitos "chiam", mas gastam mal
Prefeitos baianos fazem uma mobilização nesta quinta-feira (26) para "denunciar a crise financeira que afeta os municípios baianos". Elas fecharão as portas, mantendo apenas os serviços essenciais. Já os prefeitos se reunirão em Salvador.
Na capital, a União dos Municípios da Bahia (UPB) organiza uma marcha, às 8h, em direção à Assembleia Legislativa, onde uma audiência pública vai discutir exigências como mais R$ 4 bilhões de auxílio financeiro aos municípios.
Também a atualização dos valores repassados para a execução de programas federais e a redução de quase 100% no orçamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que atinge diretamente os CRAS e CREAS.
Apesar de reinvidicações justas, o movimento dos prefeitos não é bem visto por boa parte da população porque, ao tempo em que pédem mais verbas, continuam promovendo gastos desnecessários e contratando cabos eleitorais.
Itabuna, por exemplo, que se queixa de falta de verbas, mantém mais de 1.200 cabos eleitorais e indicados de vereadores em cargos temporários que custam R$ 2 milhões por mês ao município (leia aqui). Algumas contratações chamam ainda mais a atenção.
É o caso de 12 "analistas de sistema" que não possuem qualificação para o cargo nem qualquer curso na área. Além disso, a prefeitura de Itabuna já tem 12 analistas efetivos, que ganham um terço do pago aos temporários, e todo o sistema é terceirizado (leia aqui)
O Movimento Pró-Município tem como principal objetivo chamar a atenção dos poderes estadual e federal para "situação de falência" que assola as prefeituras.