Simpi tem pauta ignorada por Gomes
A reunião, na tarde de segunda-feira, no Centro Administrativo Firmino Alves, com 20 dos 21 vereadores e dirigentes do Sindicato do Magistério Municipal de Itabuna (Simpi) e secretários municipais fracassou.
Como já era esperado, o prefeito Fernando Gomes manteve sua posição de cortar o adicional de atividade complementar dos professores, que tinha sido estendido a todos no governo Vane, prejudicando a categoria.
Gomes alegou as dificuldades econômicas do país, que afetam o governo municipal, embora gaste mais de R$ 2 milhões por mês com prestadores de serviço admitidos sem concurso e sem qualificação para os cargos.
O prefeito, que ganha R$ 30 mil por mês, reconheceu que os salários dos professores são baixos, mas disse "não ter condições" de aumentá-los, sempre culpando a crise econômica.
Diante da recusa da Prefeitura em rever o corte do adicional os professores, reunidos em assembleia na terça pela manhã, na Usemi, decidiram aprovar uma "operação tartaruga", que na verdade é uma redução do trabalho.
A categoria vai reduzir a carga horária de serviço, segundo a presidente do Simpi, Carminha Oliveira, que revelou a ação em entrevista para o Jornal das Sete, da rádio Morena FM.
De acordo com a Prefeitura o corte do adicional de atividade complementar afeta a pouco mais de 400 professores, que não estariam enquadrados no benefício. A operação de "corte do trabalho" começa na sexta-feira.
Ela vai afetar os alunos, que já enfrentam calendário irregular por conta das greves de anos passados. Nas gestões anteriores, o Simpi entrava em greve por qualquer desacordo e deixou os alunos até três meses sem aulas.