STF decide manter Geddel na cadeia

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin acatou pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e determinou a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima. A manifestação da PGR foi feita após desmembramento da Operação Cui Bono, que apura desvios na Caixa Econômica Federal.

Pela decisão, a parte referente ao crime de lavagem de dinheiro tramitará no STF. Também foram impostas medidas cautelares a Gustavo Pedreira do Couto Ferraz e Job Ribeiro Brandão. Os três são investigados na Operação Tesouro Perdido, deflagrada em 5 de setembro.

Nela, foram apreendidos R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador (BA). Em relação a Gustavo e Job, a ordem judicial é de prisão domiciliar, monitoramento eletrônico, pagamento de fiança e proibição de contato com os demais investigados.

Em parcer ao STF, Raquel Dodge disse que o ex-ministro Geddel “parece ter assumido a posição de líder de uma organização criminosa". Para ela, a prisão preventiva do ex-ministro era “imprescindível para a continuidade das investigações".

A manifestação ao STF se deu após as defesas de Geddel e de Gustavo Ferraz entrarem com pedido de liberdade. Para Dodge, Geddel fez "muito em pouco tempo".

“A sua defesa não tem razão quando afirma que a apreensão destes quase R$ 52 milhões não é causa suficiente para um novo decreto de prisão. Não há registro histórico no Brasil de apreensão maior de dinheiro e, ao que tudo indica, dinheiro público desviado e ocultado ilicitamente”.

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