PF aponta crimes de Geddel e Lúcio
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre as malas de dinheiro que foram encontradas em um apartamento, apelidado de 'bunker' do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) em Salvador. O relatório já foi enviado para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.
A conclusão da PF é de que existem indícios dos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro, por Geddel, seu irmão deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), a mãe deles Marluce Vieira Lima, o ex-assessor de Geddel Gustavo Ferraz e o ex-assessor de Lúcio Job Ribeiro Brandão.
Os investigadores atribuem os milhões encontrados no apartamento ao ex-ministro de Lula. No dia 5 de setembro a Polícia Federal deflagou outra fase da Operação Cui Bonno?, batizada de Tesouro Pedido, e fez buscas no imóvel em Salvador, onde foram encontradas malas com R$ 51 milhões.
Segundo a PF, “após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou a um endereço em Salvador/BA, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie.” Com Diário do Poder.
O delegado Marlon Cajado diz que o grupo se uniu para crimes, seja pelo ocultamento de dinheiro oriundos de atividades ilícitas contra a CEF, apropriação indevida dos salários de secretários parlamentares, caixa 2.
Ele também aponta "possível participação de Lúcio Vieira Lima em ilicitudes relacionadas a medidas legislativas e da participação de Geddel em organização criminosa". Geddel está preso desde setembro no presídio da Papuda (DF).
O ministro Edson Fachin, do STF, revogou a prisão domiciliar de Job Brandão, que negocia uma delação premiada e já entregou provas a PF. Ele não vai mais precisar usar tornozeleira eletrônica.