Professores fazem protesto "light"

Os professores municipais de Itabuna protestaram contra o prefeito Fernando Gomes, que continua irredutível quanto à revogação do decreto que retirou 20% do adicional de atividade de classe de 428 professores. A categoria se reuniu na Praça Simão Fitterman, no São Caetano.

No ato público, a categoria divulga o que considera má gestão e faz uma operação reduzindo a jornada de trabalho. A atitude é bem diferente da adotada em governos passados, quando a categoria partia para a greve geral por qualquer motivo.

Os professores chegaram a ficar parados por 5 meses, prejudicando mais de 30 mil alunos, no governo de Claudevane Leite. Mas eles fizeram campanha eleitoral para o atual prefeito, contra quem mostram pouca intensidade em protestar.

Desde a semana passada, quando fez protesto no Bairro Califórnia, a categoria optou por substituir o movimento por paralisações das aulas em um dia da semana, sem falar em greve geral.

A presidente do sindicato dos professores (SIMPI), Carminha Oliveira, diz que a categoria está evitando a greve por "respeito aos alunos", mas este "respeito" não existiu nos outros governos. Por dois anos o ano letivo de Itabuna só terminou em março seguinte, e os alunos perderam as férias.

Além das paralisações, ficou decidido em assembleia que o sindicato deverá incluir na pauta de reivindicações o cumprimento da tabela de vencimentos da categoria, que não está sendo respeitada pelo município.

Os professores também cobram o pagamento de horas-extras aos profissionais que atuam nas creches e nas séries iniciais, uma vez que sua jornada de trabalho destes profissionais não está respeitando a Lei do Piso.

23:08  |  


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