Situação de Geddel se complica
A cada dia se complica mais a situação do ex-ministro Geddel, preso na Papuda, em Brasília, e dos demais investigados, inclusive do seu irmão, deputado federal Lúcio Vieira Lima, e do assessor Job Ribeiro.
Investigadores da Lava Jato suspeitam que os R$ 51 milhões encontrados pela Polícia Federal em um apartamento de Salvador que supostamente funcionava como uma espécie de sala-cofre do ex-ministro são a soma de propinas vindas do PMDB, da construtora Odebrecht e do operador Lúcio Funaro.
É a primeira vez que os investigadores fazem essa relação da origem do dinheiro. Mas, quem acompanha os fatos pela mídia há muito já tinha levantado essa hipótese: Geddel não seria apenas guarda-livros do seu partido.
Aliás, ele nunca esclareceu de onde saiu tanto dinheiro para o bunker na capital. O detalhamento foi incluído nas investigações sobre lavagem de dinheiro que estão no Supremo Tribunal Federal.
Uma das fontes da dinheirama seriam o operador de propinas do PMDB, Lúcio Funaro, que em sua delação premiada confirmou ter repassado R$ 20 milhões somente a Geddel. Funaro já confirmou à PF que levava malas de dinheiro ao ex-ministro e que entregou pessoalmente, no hangar da Aerostar, no aeroporto de Salvador.
Além disso, tem a Odebrecht. Os investigadores suspeitam que o ex-ministro recebeu dinheiro de peemedebistas investigados no inquérito conhecido como quadrilhão, em que Geddel é investigado junto com o presidente Michel Temer e outros integrantes do PMDB.
O grupo é tratado pela PF como uma organização criminosa que atuava para desviar dinheiro público.