Câmara vai julgar Lúcio em 2018

O Conselho de Ética da Câmara, que arquivou todos os 5 processos abertos para apurar a conduta de deputados em 2017, abre os trabalhos em 2018 com a missão de analisar o caso do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Ele é alvo de uma representação assinada pelos partidos Rede e PSOL, que pedem a cassação do mandato de Viera Lima em razão das investigações sobre as malas com R$ 51 milhões, encontradas pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador.

Os críticos do Conselho de Ética avaliam que o órgão adotou uma postura “corporativista” e que os arquivamentos vêm desmotivando os integrantes. Alguns, porém, afirmam que falta mais atitude dos partidos, já que o Conselho só age quando provocado.

Para o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), há indícios “muito fortes” contra Lúcio Vieira Lima, mas não é possível prever uma eventual punição ao deputado. “Temos visto conselhos que são mais de estética e decoração do que de ética e decoro".

O presidente do Conselho de Ética, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), justifica os arquivamentos afirmando que o órgão não tem como produzir provas. “Nosso mundo é o dos autos. Quando se abre um processo, há indícios suficientes de autoria".

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