Estado terá que reempregar 1.700

A Justiça do Trabalho na Bahia determinou, em caráter imediato, a reintegração de todos os empregados demitidos da Empresa Baiana de Alimentos S/A (Ebal). A decisão atendeu ação do Ministério Público do Trabalho.

A decisão é da juíza Marylúcia Leonessy da Silva, da 28ª Vara do Trabalho de Salvador. As demissões ocorreram após a autorização de privatização da Cesta do Povo, por lei estadual. Embora caiba recurso, a diretoria da associação dos empregados comemora.

Os 1.700 funcionários terão que ser recontratados pelo Governo do Estado em 60 dias ou ele terá que apresentar uma negociação, explica o presidente da associação, Francis Tavares. “Como 197 lojas da Cesta do Povo foram fechadas, talvez não haja local para os que vão voltar”.

Por conta disso, o sindicato sugeriu ao Governo que os funcionários demitidos da Ebal sejam realocados em outros órgãos públicos do Estado. As dívidas da Cesta do Povo ultrapassam os R$ 300 milhões.

Criada em 1979, a Ebal/Cesta do Povo passou por graves problemas de gestão, o que desencadeou uma crise sem precedentes. Houve tentativas frustradas de repassar a rede a outras empresas, mas o endividamento barrou tudo.

"Há dois anos os funcionários estão sem receber reajuste salarial e o governo não assinou a convenção coletiva," diz Francis Tavares. A decisão é uma séria derrota do governo Rui Costa e vai estgourar o orçamento de 2018.

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