Ilhéus sem salva-vidas no verão

O número de salva-vidas em Ilhéus é bem menor que o necessário e faltam equipamentos como jet-skis, mas a temporada de verão começou com um problema a mais. Os salva-vidas do município entraram em greve no dia 20.

Eles protestam contra a Prefeitura, que ainda não enviou para a Câmara o projeto de lei que regulamenta a profissão. Segundo o sindicato dos servidores de Ilhéus, no início do ano o prefeito Mário Alexandre assumiu o compromisso de enviar o projeto em até 30 dias.

O ano já acabou e a Prefeitura não enviou o documento. Além disso, um concurso público aprovou 19 salva-vidas em 2016 e eles até hoje não foram chamados. O município tem 80km de praias, que podem ficar todo o verão sem segurança.

Neste ano, houve 14 pessoas morreram afogadas em Ilhéus. O sindicato quer ainda o pagamento do adicional de risco de morte e avisa que só 30% dos salva-vidas estão trabalhando, das 10 às 16 horas, nas praias de Mamoan, Ponta da Tulha, Joia do Atlântico, Norte 1, Vietinã, Milionários e Olivença.

A Prefeitura alega que o projeto de lei "está sendo revisto" e que "não deu tempo" (um ano) de enviar o documento para a Câmara, que está em recesso e só volta em março, quando a temporada de férias já estará terminada.

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