Oposição reclama do Orçamento 18
A proposta orçamentária do Governo da Bahia para 2018, de R$ 45,3 bilhões, foi aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia, mas não agradou a bancada de oposição, que votou contra mas não tem número suficiente para nada.
Para ela, o orçamento mostra que haverá baixo investimento em áreas importantes, como educação, saúde e segurança, que ainda carecem de melhorias. “Houve um incremento de 1,8% em relação ao orçamento aprovado para o exercício de 2017".
"Este crescimento ainda está longe de preencher as reais necessidades da população baiana”, afirmou o líder da bancada, Leur Lomanto Jr (PMDB). A oposição indicou 9 emendas ao projeto de lei, que somavam apenas R$ 50,2 milhões a mais, porém nenhuma foi acatada.
Os oposicionistas apresentaram emendas que ampliariam os investimentos na pasta de Segurança Pública, em ações do Departamento de Polícia Técnica, do Fundo Especial de Aperfeiçoamento dos Serviços Policiais, Polícia Militar e Polícia Civil.
O deputado Hildécio Meireles (PMDB) alerta que a previsão de investimentos em Segurança Pública para 2018 está pior em comparação com 2017. Serão R$ 61,923 milhões, com participação de apenas 1,75% do previsto para o estado.
“Há uma contradição com a realidade de violência que vive hoje o estado, campeão em índices de criminalidade”, afirma. O parlamentar lembra que para 2017 estava previsto R$ 83 milhões e até outubro o governo só tinha investido R$ 31 milhões.
Para despesas com pessoal em Segurança, a previsão é de R$ 4,371 bilhões, sendo que em 2017 o previsto era de R$ 4,300 bilhões e o governo só executou R$ 3,2 bilhões. “Isso significa que restou R$ 1 bilhão para ser executado nesses últimos dois meses".
"Isso serviria para contratar mais pessoal para a Segurança Pública no estado, mas infelizmente não foi feito”, lamentou Meireles. O vice-líder Luciano Ribeiro (DEM) lamentou que o Governo não tenha acatado as emendas.
"Elas aprimorariam as ações essenciais da gestão pública. Não contemplaria apenas a área de segurança pública, mas também educação, saúde, infraestrutura rodoviária e hídrica para o semiárido, que ainda sofre bastante os efeitos da estiagem”.