PGR denuncia os três Vieira Lima
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal, nesta terça (5), o recolhimento noturno e nos dias de folga do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e a prisão domiciliar de Marluce Vieira Lima, mãe dele e do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Dodge denunciou Geddel e Lúcio por lavagem de dinheiro e associação criminosa pelo bunker dos R$ 51 milhões. A peça não acusa os peemedebistas de corrupção, mas inclui propinas da Odebrecht, esquemas de devolução de salários dos servidores da Câmara, pagamentos do doleiro Lúcio Funaro e desvios.
Para ela, esta é a origem das caixas e malas de dinheiro encontradas pela Polícia Federal no apartamento em Salvador. Também foram denunciados Gustavo Ferraz e Job Brandão, a mãe Marluce e o empreiteiro Luiz Fernando Machado, da Cosbat construtora.
A Operação Tesouro Perdido partiu de uma denúncia anônima por telefone no dia 14 de julho de 2017. O apartamento em Salvador aonde foram encontrados os R$ 51 milhões pertence ao empresário Silvio Antonio Cabral Silveira.
Ele admitiu às autoridades que emprestou o imóvel a Lúcio a pretexto de guardar bens do pai do peemedebista, já falecido. Na montanha de notas de R$ 100 e R$ 50, há marcas dos dedos do ex-ministro Geddel e de seu aliado Gustavo Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador.
Tambepm foram encontradas digitais do assessor de Lúcio, Job Ribeiro Brandão, além de uma fatura com o pagamento da empregada do parlamentar. Job resolveu colaborar com as investigações e tem feito tratativas para firmar delação premiada.
Seus depoimentos agravaram a situação dos peemedebistas perante a Justiça. Ele disse que devolvia 80% de seu salário aos irmãos, além de contar e guardar dinheiro vivo em grandes quantidades para o ex-ministro e o deputado federal. Com Diário do Poder.