Delator é morto com 9 tiros na BA

A principal testemunha da investigação que levou à prisão do ex-gerente da Transpetro na Bahia, José Antonio de Jesus, foi assassinada. Ele tinha prestado depoimento à Polícia Federal há dois meses e foi fundamental para o caso.

José Roberto Soares Vieira, 47 anos, foi morto na quarta-feira (17) com 9 tiros, na rodovia BA-522, em Candeias, quando chegava à sua empresa, a JRA Transportes, que teve como sócio, entre 2011 e 2013, o filho do ex-gerente da Transpetro.

José Antônio de Jesus foi preso provisoriamente em 21 de novembro pela Operação Lava Jato, acusado de receber propina de subsidiárias da Petrobras através de empresas e contas bancárias de parentes. O dinheiro, diz o Ministério Público Federal, ia para o PT da Bahia.

José Roberto Soares Vieira decalrou à PF que a JRA Transportes foi usada por José Antônio de Jesus para receber pagamentos de empresas fornecedoras da Transpetro sem prestar qualquer serviço. O MPF identificou R$ 2,3 milhões pagos ao o ex-gerente.

O depoimento serviu para que a Procuradoria-Geral da República pedisse a prisão do ex-gerente, acatada pelo juiz Sergio Moro. José Antônio está preso há dois meses em Curitiba. O assassinato pode ter ligação com o caso.

A delegada Maria das Graças Barreto, da delegacia de Candeias, disse ao jornal Folha de São Paulo que "não há dúvida" de que a morte de José Roberto Soares Vieira foi um crime planejado. O assassino procurou Vieira várias vezes nos últimos dias.

Por volta das 11h40 de quarta, ele abordou Vieira quando entrava na empresa, deu os 9 tiros e fugiu. A polícia trabalha com três hipóteses, queima de arquivo, vingança e crime político, já que a vítima era filiada ao PT.

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