Consumo dá sinais de recuperação

Aos poucos, as famílias brasileiras começam a retomar alguns hábitos de consumo adquiridos nos tempos de bonança, depois da longa recessão econômica que fez os consumidores cortarem ou substituírem produtos no dia a dia.

A lista de compras voltou a ser incrementada com mercadorias um pouco mais caras. No lugar da margarina, a manteiga retornou à mesa; assim como o óleo de soja foi substituído pelo azeite de oliva. O requeijão, a batata congelada e o pão industrializado também estão de volta.

Dados da consultoria Kantar Worldpanel mostram que, em 2017, mais de 2 milhões de lares voltaram a comprar manteiga pelo menos uma vez no ano – indicador que mostra uma reação do mercado de consumo.

No auge da crise, o produto estava presente em 32,94% dos lares brasileiros. Com a retomada, a participação subiu para 36,80%, superior à registrada antes da recessão, em 2014 (34,17%). O mesmo ocorreu com o azeite, que retornou à lista de 1,4 milhão de famílias.

“À medida que a economia melhora, a primeira cesta a dar sinais de recuperação é a de bens de consumo não duráveis”, afirma a diretora de negócios da Kantar, Christine Pereira. A retomada é explicada por um conjunto de fatores.

Entre eles estão a inflação baixa, juros no menor patamar histórico, aumento da renda e ligeira reação do mercado de trabalho. Outro motor do consumo foi a redução do endividamento das famílias, que chegou a comprometer 22,8% da renda mensal em 2015.

De lá pra cá, o indicador seguiu um movimento de queda. Segundo dados do Banco Central, em dezembro do ano passado, já estava em 19,9%.

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