Eunápolis viveu uma noite de terror
Mais de um dezena de bandidos, armados com metralhadoras e fuzis, aterrorizaram o centro de Eunápolis no fim da noite de segunda-feira. Usando explosivos, como granadas e dinamites, eles destruíram a sede da empresa de transporte de valores Prosegur.
Um vigilante morreu e outros cinco funcionários ficaram feridos, atingidos por escombros, estilhaços ou disparos. O grupo fechou as principais entradas e saídas da cidade. Em um trecho da BR-101, próximo ao posto da Polícia Rodoviário Federal, a quadrilha atravessou uma carreta.
Também tocaram fogo em uma ponte no km 12 da BR-367, acesso ao município de Porto Seguro. Os tiros e explosões puderam ser ouvidos de diversas partes da cidade, causando medo na população.
Os quarteis da PM, no centro, das companhias especiais Rondesp e Caema, também foram bloqueados. Os marginais incendiaram carros em frente a essas unidades. Muitos tiros foram disparados contra a sede da 7ª CIPM. As fachadas de muitas lojas ficaram danificadas.
Um grupo de trabalhadores que esperava ônibus foi feito refém. Durante mais de meia hora eles usaram os operários como escudos humanos, temendo a reação da PM. Os policiais – em menor número e com armas de menor alcance, tiveram que se abrigar.
Não houve confronto com os bandidos. Os disparos e explosões duraram quase 40 minutos. A estrutura da Prosegur ficou abalada e corre risco de desabar, mas a empresa diz que não conseguiram levar o dinheiro.
Um socorrista do Samu 192 relatou que, durante o atendimento às vítimas, uma banana de dinamite explodiu. O pelotão especial de Salvador vai desativar as bombas deixadas na fuga pelos bandidos.
