Cacau pode se recuperar em 2018
A produção baiana de cacau na temporada 2018/19 deve ter forte recuperação, depois de dois anos de prejuízos em consequência da seca de 15/16. As perspectivas de uma recuperação acentuada surgiu em meio ao clima favorável, com chuvas regulares.
A projeção é de que sejam colhidas entre 170 mil e 180 mil toneladas de cacau neste ciclo no país. A safra temporã começa a ser colhida em maio e se estende até setembro. Já a safra principal começa em outubro e deve se encerrar em dezembro.
O analista de mercado Adilson Reis explica que, em anos favoráveis, é possível colher cacau durante todo esse período.
A preocupação com a seca registrada na África impulsionou as cotações futuras na Bolsa de Nova York. Os países de Gana, Nigéria, Camarões e Costa do Marfim são responsáveis por 72% da produção global de cacau.
Nas ultimas duas semanas, as cotações futuras subiram no mercado internacional. Para maio, a cotação do cacau é de US$ 2,550 por tonelada. Além disso, com a oferta menor, as indústrias estão sendo obrigadas a importar o produto para compor os estoques.
Elas estão pagando um prêmio recorde de até US$ 700 por tonelada, diz Adilson Reis. O cenário também se refletiu nos preços recebidos pelos produtores brasileiros. A arroba subiu e é negociada próxima de R$ 150.
Mas o período é de entressafra. "Por isso, os produtores não têm conseguido aproveitar os preços mais altos," completa o analista de mercado.