Cacau tem alta, mas insuficiente

Embora os preços do cacau nas Bolsas de Nova York e de Londres acumulem forte alta em 2018, ainda estão baixos em relação aos níveis históricos, diz o diretor executivo da Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês), Jean-Marc Anga.

Segundo o executivo, países produtores vêm sofrendo com isso. “Vimos os preços de cacau recuar acentuadamente nos últimos anos e produtores ainda recebem a menor parcela da cadeia de valor”, disse durante a Conferência Mundial do Cacau, em Berlim.

Segundo o executivo da OICC, a indústria global precisa passar por mudanças em quatro aspectos. Em primeiro lugar, países produtores devem manter estoques da amêndoa. “Não é algo atraente, mas é imperativo”.

Em segundo lugar, as políticas nacionais de produção de cacau precisam levar em consideração seu impacto sobre os preços. Em terceiro, iniciativas do setor e programas de sustentabilidade devem incentivar a diversificação de culturas, para reduzir a dependência excessiva do cacau.

O executivo disse ainda que todos os países devem estimular o consumo de cacau na origem e em mercados emergentes. "Não se pode depender apenas dos mercados tradicionais em um ambiente de preços historicamente baixos".

O cacau foi cotado, nesta quinta-feira em Nova York, a US$ 2,799.50 a tonelada. Em Ilhéus e Itabuna, o preço variou entre R$ R$ 170 e R$ 177 por arroba.

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