Fernando G. confia na impunidade

Na primeira declaração pública após saber da condenação judicial em 1ª instância, que determinou a suspensão dos seus direitos políticos por três anos, o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, minimizou a decisão judicial.

Ele disse a um blog da capital que o processo tem 21 anos e que soube apenas pela imprensa, jamais tendo sido citado para apresentar sua defesa. Na verdade, ele sabe que suas várias condenações não terão efeito prático.

Gomes já foi condenado à prisão pela Justiça Federal, perdeu os direitos políticos em várias ações diferentes, mas continuou disputando eleições com liminares e ficou fora da cadeia graças a uma infinidade de recursos.

Nestes 21 anos em que deveria ter sido impedido de concorrer a cargos públicos, Gomes ganhou três mandatos de Prefeito de Itabuna, sempre recebendo o maior salário do estado, como o atual, de R$ 30 mil, maior que o do governador.

Nesta ação, Fernando Gomes foi denunciado pelo Ministério Público por contratação de servidor sem concurso públoico durante seu terceiro mandato, em 1997.

Eleito pelo Democratas em 2016, o prefeito atualmente integra o grupo do governador Rui Costa (PT), a quem classifica como “o melhor gestor da Bahia” e deve ter milhões de motivos para isso.

De acordo com o blog Bahia.Ba, ao comentar a decisão da Justiça, Gomes apostou que o caso irá prescrever e declarou que a ação do Ministério Público foi motivada pela contratação de uma professora. “Não foi nem duas, foi uma”.

Na Bahia, Fernando Gomes é o maior exemplo de que, na política, o crime compensa. Dono do maior número de processos por corrupção da história da cidade, ele nunca foi punido e construiu sua fortuna apenas com mandatos públicos.

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