Médico é acusado de erro no parto
Parte da população de Itapé sofreu momentos de angústia, dor e sofrimento na manhã desta sexta, no sepultamento dos corpos da dona de casa Rosineide Castro Aranha, 31 anos, e da sua filha, a recém-nascida Mônica, que morreram na quarta-feira após o parto, na Maternidade Ester Gomes (Mãe Pobre), em Itabuna.
A tragédia, que destruiu a família do motorista Laércio, está sendo investigada pela Polícia Civil por erro medico que teria sido causado pelo obstetra Carlos Coelho. Rosineide e o marido, moradores de Itapé, saíram para viver uma verdadeira peregrinação na Maternidade, com idas e vindas.
Segundo Laércio, a esposa começou a sentir dores desde o início do mês passado. Ele conta que as duas primeiras ultrassonografias indicavam que a previsão de parto seria até 7 de março. De lá para cá, o casal foi, ao todo, seis vezes na Maternidade, mas os obstetras sempre diziam que a hora do parto não havia chegado.
Na holra do parto, a menina já estava morta. A mãe teve uma hemorragia no útero e, em estado grave, foi transferida para o Hospital de Base, onde também morreu, por volta das 16 horas de quarta-feira.
Muito abalado e inconformado com as mortes, Laércio registrou queixa na Polícia Civil contra o médico. Pelo Boletim de Ocorrência, Carlos Coelho atendeu a esposa dele nas duas últimas vezes que antecederam o internamento.