PF ouve acusados em Conquista

A Polícia Federal de Vitória da Conquista já começou a ouvir os corretores e despachantes que aparecem num vídeo pagando a “taxa de agilização” cobrada pelo titular do Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis e Hipotecas, Antônio Carlos Jesus Bramont.

Bramont foi preso na manhã de terça-feira na operação Factum, acusado de corrupção. Na casa dele foram encontrados R$ 460 mil. Todos os que se beneficiaram das irregularidades estão sendo intimados, ouvidos e indiciados por corrupção ativa.

Segundo o delegado-chefe da PF em Vitória da Conquista, Jorge Vinicius Gobira Nunes, Bramont e mais duas pessoas, incluindo uma filha, uma despachante e uma ex-funcionária, foram presos depois de um ano e meio de investigações.

Foi comprovado que o titular do cartório cobrava, além das taxas cartorárias normais, valores por fora para adiantar processos para corretores, despachantes e até construtoras. Os nomes dos presos não foram mencionados pelo delegado.

Mas o Ministério Público Federal divulgou que são, além de Bramont, Amanda Bezerra Bramont (filha), Anna Caroline Bezerra de Castro (prima de Amanda) e a despachante Maria Aparecida de Souza Pereira.

Uma das pessoas que aparece no vídeo entregando dinheiro a Carlos Bramont atua no ramo de compra e venda de imóveis. O corretor, muito conhecido na cidade, disse que não pagou propina. “O que a gente fez foi tentar ajudar o cliente, mas não recebi pedido de propina nem paguei nada por fora”.

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