Atlas rechaça alegações da SSP

Os organizadores do Atlas da Violência rechaçaram nesta sexta a nota da Secretaria de Segurança Pública da Bahia que questionava o levantamento, classificado por ela de "mentiroso". O Fúrum Brasileiro de Segurança Pública lembrou que ois dados são do prórpio estado.

"Os dados estão sendo inclusive objeto de auditoria do Tribunal de Contas do Estado e são divulgados pelo FBSP todos os anos, no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com base em pedidos de informações. A responsabilidade jurídica e técnica pelos registros é das Unidades da Federação".

A nota diz que recebeu "com indignação a tentativa da SSP da Bahia de desqualificar o estudo ao mencionar o processo administrativo movido pelo governo baiano contra o FBSP, que inclusive está sendo objeto de recurso administrativo estranhamente ainda não analisado pelo Governo da Bahia".

O FBSP diz que ele foi "iniciado justamente depois que os resultados da violência no referido estado começaram a apresentar sensível piora. Lamentamos ainda pelo fato de não haver nenhuma relação entre os dois assuntos. É uma maneira covarde de tentar desviar o foco".

A nota do governo Rui Costa alegou que o Fórum "abandonou um contrato de consultoria em segurança no âmbito do programa estadual Pacto pela Vida. Ao custo de R$ 2 milhões, a entidade simplesmente abandonou a consultoria".

O FBSP rebate afirmando que não houve quebra de contrato. "O trabalho foi realizado pelo período de um ano e, por recomendação da própria Secretaria, foi feito um pedido formal de rescisão amigável da parceria".

O deputado estadual Alan Sanches (DEM) entrou na discussão dizendo que quer saber "até quando a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, toda vez que sair dados que envolvem todo o país e não apenas a Bahia, como o Atlas da violência, vai alegar falha na coleta de dados".

O deputado lembra que no ranking brasileiro das cinco cidades mais violentas, quatro estão na Bahia: Eunápolis, Simões Filho, Porto Seguro e Lauro de Freitas. “O último final de semana registrou o maior número de mortes em Salvador e RMS, conforme o boletim da própria secretaria: 30 mortes, incluindo dois policiais".

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