Geddel teve propina do Rodoanel

A Polícia Federal aponta indícios de que o Grupo Bertin pagou R$ 57,3 milhões em propina ao doleiro Lúcio Funaro para que obtivesse empréstimo de R$ 2 bilhões da Caixa Econômica Federal para as obras do trecho leste do Rodoanel, em São Paulo.

As informações estão no relatório final da Operação Cui Bono?, que investigou irregularidades na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, período em que foi comandada por Geddel Vieira Lima.

Apontado como operador do MDB da Câmara, Funaro teria dividido o dinheiro com o deputado federal cassado Eduardo Cunha e com Geddel. O trio teria agido para facilitar a liberação de recursos do banco para a concessionária de rodovias do Grupo Bertin, responsável pela construção do Rodoanel.

Geddel e Cunha estão presos, enquanto Funaro cumpre prisão domicilar. Por meio da delação premiada de Funaro, a PF teve acesso a planilhas e notas fiscais que indicam 63 transações feitas pela construtura do Grupo Bertin.

A empresa pagou ao doleiro até 2,9% sobre cada valor liberado pela Caixa. Desse montante, segundo o doleiro, 20% ficavam com Funaro, 50% com Geddel e 30% com Cunha. A Operação Cui Bono? foi concluida neste mês e resultou no indiciamento de 16 pessoas.

Todos foram indiciados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de justiça. Com Diário do Poder.

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