BA lidera em queimadura por fogos

O costume de soltar fogos de artifício sem o devido cuidado levou 5.063 pessoas a ser hospitalizadas entre 2008 e 2017, no Brasil. E são justamente os festejos juninos (que em algumas cidades se estendem até julho) que fazem dobrar as internações deste tipo.

Os números são do Conselho Federal de Medicina, em parceria com as sociedades brasileiras de Cirurgia da Mão e de Ortopedia e Traumatologia. Esta é a primeira vez que as entidades analisam esses dados referentes a um período de 10 anos.

Segundo o Sistema de Informação Hospitalar do governo federal, a Bahia lidera o ranking em quase todos os anos, com 1.037 casos. Ao longo da última década, 20% das internações de todo o Brasil ocorreram em municípios baianos.

"A liderança da Bahia se justifica pela maior tradição de festejar o São João do que outros estados. É a festa mais comemorada por aqui, mais que o Carnaval", diz o médico baiano Jecé Brandão, do CFM. Na sequência aparece São Paulo, com 962 casos (19%) e população três vezes maior.

Em terceiro está Minas Gerais, com população de 21,1 milhões de pessoas e onde foram registradas 701 internações hospitalares (14%). Minas também é o maior produtor de fogos de artifício do Brasil. Somente Santo Antônio do Monte é responsável por 96% dos artefatos.

Entre os estados com menor número de notificações estão Roraima (17), Tocantins e Acre (ambos com 14).

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