Juiz suspende doação em Juazeiro

A 1ª Vara da Fazenda Pública suspendeu, em caráter liminar, na sexta-feira (10), a doação do patrimônio público de Juazeiro para o Instituto de Previdência dos Servidores (IPJ) da cidade. A ação popular foi movida pelo deputado federal José Carlos Aleluia (Democratas-BA).

A operação ilegal havia sido apresentada na Câmara de Vereadores como um ato de "dação", na qual a entrega do imóvel serviria para abater a dívida milionária criada nas gestões de Paulo Bonfim e Isaac Carvalho, que não repassavam a contribuição paga pelos servidores para o instituto.

Após tramitar, o ato foi modificado, se tornando uma "doação" do patrimônio de Juazeiro, localizado em plena Praça do Vaporzinho. Na ação, o deputado Aleluia acusa Bonfim de crime de responsabilidade e apropriação indébita previdenciária, com previsão de pena de 2 a 5 anos e multa.

"Eu denunciei a ilegalidade e o prefeito preferiu me atacar em vez de se explicar. Agora a Justiça comprova o abuso cometido contra o patrimônio de Juazeiro para pagar a dívida de Paulo Bonfim e seu chefe, Isaac Carvalho. Estavam mal acostumados a governar sem contraditório".

A liminar é assinada pelo juiz José Goes e pede que sejam suspensos todos os atos de doação e ou transferência do imóvel sob pena de multa de R$ 150.000, crime de desobediência e responsabilidade, além de multa de até 20% do valor da causa.

A liminar é justificada "diante do evidente desvio do patrimônio público do Município para práticas de atos de disposição que não encontram guarida na ilegalidade administrativa estrita".

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