Quase toda a Bahia está irregular
Somente um quinto dos municípios baianos, 85, ficou de fora da auditoria dos tribunais de contas do Estado (TCE) e dos municípios (TCM). As irregularidades relativas ao acúmulo ilegal de cargos foram identificadas em 332 dos 417 municípios do estado, com perda de R$ 19,4 milhões por ano.
De acordo com o TCE, 1.548 servidores constam tanto da folha de pagamento do Estado, quanto de prefeituras e câmaras de vereadores, o que é proibido. Os nomes das cidades não foram divulgados. O TCE detalhou que o levantamento foi feito a partir do cruzamento das bases de dados.
Além de encontrar evidências de irregularidades na área de pessoal, também localizou problemas em contratos celebrados por prefeituras e outros órgãos públicos. Foram utilizadas as bases dos sistemas Mirante, do TCE, e do SIGA, do TCM.
Conforme o Tribunal de Contas do Estado, durante a análise, foram encontrados os nomes de 20 servidores já falecidos em folhas de pagamentos, em 11 municípios, que representam uma despesa anual de R$ 684 mil.
O estudo ainda apontou que entes públicos baianos fizeram contratações com fornecedores considerados inidôneos envolvendo recursos de R$ 123 milhões. Há 88 contratos nesta situação, em 47 municípios.