"Rui precisa explicar o Planserv"
A oposição baiana diz que, apesar de o Governo do estado negar que o Planserv tenha sido terceirizado, "mudanças provam que o convênio passou a gestão para uma empresa externa de Santa Catarina, fato que vem alterando a qualidade do atendimento".
As modificações têm sido notadas pelos usuários e prestadores de serviços. A reclamação é de que as cotas vem dificultando a assistência aos pacientes. Documentos e pulseiras de atendimento nos hospitais e clínicas credenciadas revelam o nome da Qualired.
“Como negar a terceirização? O governador precisa explicar o que está acontecendo com o Planserv. Os servidores do estado tem o pagamento descontado em folha, portanto não pode haver barreiras no atendimento”, cobrou o deputado Luciano Ribeiro (DEM).
Desde o ano passado, um limite orçamentário imposto pelo plano aos credenciadas tem recaído sobre os beneficiários. Há denúncias de que pacientes que sofreram cirurgia não conseguiram fazer a revisão dentro do prazo por falta de cotas.
“Servidores reclamam que, após o 10º dia do mês, é praticamente impossível marcar consulta com um médico especialista ou um tipo de exame para um prazo mais curto, restando ao paciente esperar dois meses ou mais para ser atendido".
"Todas essas limitações tem sido sentidas pelos usuários do Planserv nos últimos meses. Lembrando que estamos falando de um plano que não possui inadimplência.”, frisa Luciano. Ele é secundado pelo deputado Alan Sanches (DEM).
"É inadmissível, por exemplo, limitar cota para pacientes recém-operados. É o nosso dever fiscalizar essa situação. Os servidores públicos do estado precisam ter esclarecimentos sobre a mudança na gestão”, afirmou.
Os deputados lembram que o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais não pode ser visto como um plano de saúde privado, que objetiva lucros. “O plano tem que ser subsidiado, pois a assistência à saúde é um benefício que o estado precisa oferecer aos servidores".
Alan lembra que os salários dos servidores estão congelados há três anos, e isso reflete diretamente nas receitas do plano. Os parlamentares fazem um retrospecto das mudanças que começaram em 2015.
"Para se desobrigar de uma despesa, penalizando mais uma vez o servidor público, no final de 2015 o estado reduziu sua participação na contribuição, de 5% para 4% incidente sobre a folha global, impactando nas receitas".
“Entende-se portanto que com a contratação de uma empresa para gestão do plano gerou uma nova despesa, onerando mais ainda o plano de saúde”.