Marcos critica segurança baiana
O candidato ao Senado Marcos Maurício esteve no sul da Bahia e concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcel Leal, no programa Mesa Pra Dois, da rádio Morena FM, em Itabuna. O programa teve prévia na terça e será apresentado na íntegra nesta quarta, às 15h, no ar e no streaming www.morenafm.com.
Presidente licenciado do sindicato dos policiais civis da Bahia, Sindpoc, Marcos Maurício defendeu uma mudança completa nos procedimentos de investigação como forma de melhorar os inquéritos e agilizar a apuração dos crimes.
"Nosso código penal é dos anos 40 do século passado, assim como os procedimentos de um inquérito. Cada ator é uma ilha isolada e não se comunicam, tornando demorada qualquer investigação. Além disso, os laboratórios só existem em Salvador".
Marcos Maurício conta que um exame de DNA tem que sair, por exemplo, de Barreiras, viajar até Salvador, esperar na fila e depois o resultado faz a viagem de volta. "Ter o resultado pode demorar meses, impedindo a investigação de prosseguir".
O candidato também considera que a educação é parte importante na prevenção do crime. "Precisamos resgatar os valores familiares, porque a educação para a vida é responsabilidade das famílias, não da escola. E as escolas precisam melhorar sua qualidade".
A candidata a vice-governadora na chapa de Joião Santana, Jeane Cruz, é professora e confirmou que o nível da educação na Bahia é baixíssimo, coim os píores índices do país. "Para consertar é preciso muita coisa, como dar independência às diretorias de escolas".
Para Jeane, a quantidade de professores na Bahia é muito baixa diante da necessidade; a merenda em geral é ruim ou não existente, a estrutura das unidades deixa a desejar. "O mundo mudou, o aluno mudou, mas o ensino ainda é baseado no passado".
Sobre a saúde, Marcos Mauricio e Jeane criticaram o fechamento do Hospital Regional e da Maternidade Santa Luzia, em Ilhéus, pelo Governador Rui Costa. "Uma de minhas prioridades no Senado será lutar para reabrir estes hospitais".
"O Governo do Estado abriu o HRCC, mas fechou o Regional. Só que o segundo atendia poucos municípios e o novo atende mais de 60, com apenas 50 leitos a mais, já que fecharam 150 e abriram 200. O estado sentenciou a população às históricas filas da morte".