Os "30% para mulheres" são farsa

A lei que obriga os partidos a reservar 30% das vagas de candidato e 30% da verba eleitoral para as mulheres virou uma farsa. Aprovada depois de uma campanha por mais mulheres na política, a lei não atraiu o interesse justamente delas.

A cada eleição, dezenas de candidatas são lançadas "de mentira". Os partidos inscrevem esposas, mães, avós, filhas, amigas, empregadas dos caciques da legenda para fingir que cumprem a lei. Já as mulheres fingem que fazem campanha.

O resultado são situações como a de deputado estadual. Todos os 17 candidatos com a menor quantidade de votos são mulheres, variando de 3 a 39 votos em todo o estado. Além dessas, dezenas de outras tiveram menos de 100 votos.

As menos votadas para estadual foram Maria Cristina de Carvalho (PHS) com 9 votos, Taty Bezerra (PPL) com 6, Rafaela (DC) com 5, Raimunda Oliveira (PHS) com 4 e Consolação de Maria (DC), com apenas 3.

No caso das candidaturas para deputado federal, os cinco menos votados foram Pati Vanzin (PROS) com só 3 votos, Nélia Carvalho (PPL) com 9, Binha Shalon (PROS) com 10, Meirivania Nascimento (PHS) com 12 e Jouse Carmo (PHS) com 13.

Acima delas, só mulheres: Rita de Cássia (PHS) com 17, Rose Lima (PSOL) com 17, Leni Gomes (PPL) com 18, Lora (PTC) com 20 e Daniela Cardoso (PRTB) com 28. Assim como nos estaduais, outras dezenas de mulheres tiveram menos de 100 votos.

Chama a atenção a predominância de PHS (5) e PPL (3) nesta lista.

18:48  |  


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