Técnicos criticam omissão de Rui
O governador Rui Costa inicia seu segundo mandato sem ter qualquer planejamento para o saneamento básico da Bahia. Para suprir essa lacuna, técnicos e especialistas listaram uma série de propostas e entregaram o documento na Governadoria.
O documento foi elaborado após longos debates dos integrantes do Observatório do Saneamento Básico da Bahia e inclui propostas para a melhoria dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos, englobando a Embasa, Cerb e autarquias municipais.
Coordenador político do Observatório, o professor Pedro Romildo afirma que “o plano de governo de Rui Costa não tem política para resíduos sólidos, não tem plano de recursos hídricos, para saneamento, nada... E essa é uma área que tem muito por fazer”.
Ele enumera diversas “dívidas” do governador para o setor, tais como a falta de regulamentação do Plano Estadual de Saneamento, implantação do Sistema Estadual de Saneamento, regulamentação da Entidade Metropolitana, melhoria da Agersa, entre muitas outras.
Um bom espaço do documento é dedicado à críticas contra a privatização, e também a mostrar alternativas a esse processo que, na Bahia, vem se consumando através das parcerias público-privadas, as chamadas PPPs, e tentativas de abertura do capital das empresas.
Especialmente no caso das parcerias, cita que técnicos da Embasa já provaram ao governo estadual que sai bem mais barato contratar diretamente o financiamento do que fazer uma PPP. "É mais barato e mais rápido na execução das obras".