SBP alerta para o excesso de exames de imagem
em crianças, como tomografias computadorizadas e raios x. A proposta da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é estimular o uso racional dessas ferramentas, contando com o apoio de pais e profissionais de saúde.
Também há a preocupação, por parte de pediatras, em fazer com que os técnicos façam as adaptações necessárias nos equipamentos, adequando-os às características físicas desses pacientes. “Para os médicos, os exames de imagem são muito úteis”.
“Por vezes, essenciais ao diagnóstico em adultos e crianças. Entretanto, alguns desses exames emitem radiação nociva à saúde e, por isso, a SBP lança uma campanha que alerta sobre o uso racional dessas ferramentas”.
“Além dos pediatras, os radiologistas e outros técnicos envolvidos no processo também devem ser bem orientados”. Para a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, é preciso cautela para não expor crianças e adolescentes a riscos desnecessários.
Perigos reais
Essa população, segundo ela, possui tecidos e órgãos ainda em desenvolvimento e apresenta maior sensibilidade aos efeitos da radiação ionizante. Quanto mais jovem for o paciente, maiores são as chances de desdobramentos adversos.
A orientação é que, durante a consulta, os especialistas façam uma investigação atenta e solicitem o exame apenas quando sinais e sintomas exigirem. Pediatras e demais médicos devem ainda alertar os pais sobre os riscos.
“Não são raros os casos em que os procedimentos decorrem de um pedido da própria família”, lembrou Luciana, ao destacar ser fundamental individualizar a situação de cada paciente, com bom senso crítico e uma boa hipótese diagnóstica.
Os números
Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS mostram que cerca de 350 milhões (4% de todos os procedimentos médicos por imagem nos últimos 10 anos) foram realizados em crianças e adolescentes de até 19 anos.
Um ponto que chama a atenção, segundo a SBP, é que, embora o tamanho dessa população tenha diminuído no período, o volume de exames de diagnóstico por imagem aumentou em todo o país.
“A SBP reconhece que uma parte dessa alta produtividade pode ser consequência da ampliação no número de equipamentos disponíveis para exames, em especial, nos estados menos desenvolvidos ou onde a rede pública recebeu investimentos mais consistentes”.
“Contudo, o aumento proporcional é muito maior do que o crescimento da infraestrutura disponível, o que sugere a utilização dos procedimentos de modo não racional.”
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