e uma das mais usadas pelos moradores todos os dias. A praça Otávio Mangabeira (Camacan) está abandonada desde o início da gestão do prefeito Fernando Gomes, que chegou a plagiar um projeto do empresário Marcel Leal durante a campanha.

Leal defende, há mais de 15 anos, que a praça seja demolida e refeita. A ideia é fazer dois níveis de estacionamento em toda a área e reconstruir a praça no terceiro piso, com mirante para o Rio Cachoeira, quiosques de alimentação e um mini palco.

Durante a campanha, Gomes prometeu fazer um projeto exatamente igual mas, ao contrário, deixou que a praça se deteriorasse. Todo o piso está sem manutenção, com buracos e pedras soltas, o meio fio quebrado em vários lugares.

Moradora se queixa

“Passo aqui todos os dias e me vi obrigada a trocar o sapato de salto por uma sapatilha, depois de levar vários tombos e quase torcer o pé. É uma vergonha que ela esteja assim. Lembro quando era bem cuidada”, diz a comerciária Kátia. Mas os buracos são só parte do problema.

O gramado está queimado, alto e sem cuidados, com lixo espalhado por toda parte, em especial atrás do ponto de ônibus, que está sem cobertura e enferrujado. Os bancos estão semi-destruídos e a fonte vazia. Quando chove, acumula água e se torna criadouro de mosquitos.

O entorno da praça é ocupado de forma desordenada por dezenas de ambulantes e ninguém sabe como está a saúde das árvores. Ali perto, a segunda maior praça do centro, a Olynto Leoni, mostra abandono igual.

Praça histórica esquecida

A praça, que já foi a principal da cidade, abrigando a sede da prefeitura, a igreja matriz e a agência do Banco do Brasil, era famosa por sua beleza arquitetônica. Hoje, seu pergolado está semidestruído, os quiosques quebrados, o piso esburacado, os bancos desgastados e sujos, o gramado cheio de lixo.

O que antes era um ponto de encontro de jovens, casais e aposentados hoje é inutilizável e apenas um ponto de passagem. Porém, o abandono das praças é só uma parte do descaso da Prefeitura com a principal área da cidade.

A ponte do Marabá, ali ao lado, está cheia de buracos nas passarelas, as amuradas quebradas a ponto de mostrar a ferragem, a mureta de metal descascada e torta em alguns locais, além de rachaduras no piso.

Logo adiante, a calçada que contorna o Rio Cachoeira entre as pontes do Marabá e do São Caetano se tornou um perigo para quem faz caminhadas ou corrida. Toda a extensão do piso está esburacada. A solução seria barata, pois ele é feito apenas com cimento.

“Sou comerciante há mais de 40 anos e nunca vi o centro tão desprezado. Ele é a sala de estar do nossos comércio e devia ser prefeito, bem cuidado, limpo, arrumado. Ao invés, quem vem de fora comprar em Itabuna chega a se assustar”, diz um lojista que pediu anonimato.

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