Delegado não investigou os mandantes, óbvios
por isso o Ministério Público Estadual pediu a reabertura do inquérito para que eles sejam identificados e punidos. O pedido também foi uma recomendação da Sociedade Interamericana de Imprensa, SIF e da Organização dos Estados Americanos, OEA. Até hoje não foi atendido pelo TJ.
O policial que executou Manoel Leal pelas costas foi condenado a 18 anos de cadeia. O motorista do carro, Marcone Sarmento, também foi condenado, mas a uma pena leve demais. Já os mandantes nunca foram incomodados e gozam de impunidade há 21 anos.
Em dezembro de 1997 Manoel Leal publicou no jornal A Região matéria explosiva, comprovada por documentos oficiais, mostrando que o então prefeito Fernando Gomes tinha pago propina para o delegado de Salvador Gilson Prata e sua equipe, que incluía Monzar.
Prata perseguiu e prendeu vários adversários do prefeito, com alegações falsas e sem mandado, exibindo-os algemados em carros no meio da rua, de forma humilhante. Um deles morreu de infarto ao ser submetido à vergonha. Outro sofrem disturbios até hoje.
Indícios fortes
O assassino condenado Monzar, além de subordidado a ele na polícia, era sócio de Gilson Prata em uma empresa de segurança de Santo Antônio de Jesus, origem, por sinal, da Silverado usada no crime. Sua presença em Itabuna no dia e local do homicídio foi confirmada por testemunhas.
Monzar não tinha motivo para estar na cidade nem conhecia ninguém nela. Sua única ligação foi aquele "trabalho" em dezembro. Já Marcone é amigo intimo de Maria Alice Araújo, o braço direito de Fernando Gomes, e tinha cargo de motorista na Prefeitura de Itabuna.
Maria Alice, Fernando Gomes e Gílson Prata, apesar de ter motivos, meios e oportunidade, e da ligação íntima com os dois assassinos condenados, nunca foram investigados como suspeitos de ter encomendado o assassinato de Leal.
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