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2.Novembro.2020

Pandemia mudou os hábitos de consumo brasileiro

novo consumo


aponta pesquisa da Kantar, acelerando tendências e fazendo transformações esperadas para os próximos 5 anos chegarem em 5 meses. Entre março e agosto, 21% fizeram uma compra online de comida ou bebida pela primeira vez na vida e 12% pelo telefone.

Tudo indica que esses hábitos vão continuar para 53% da população quando a crise sanitária acabar. 40% deles pretendem continuar comprando online, mas 18% sinalizaram que vão reduzir ou parar de usar e-commerce.

A insatisfação do shopper com o canal é um alerta e uma oportunidade de melhoria aos varejistas, já que 29% dizem não conseguir encontrar todo o sortimento que buscam, além de se queixar de atrasos na entrega e preços mais altos do que na loja física.

No entanto, apesar de o e-commerce ser a pior modalidade avaliada no quesito velocidade, mais da metade dos brasileiros pretende continuar usando alternativas que se popularizam no abastecimento nos últimos meses, como WhatsApp, telefone e aplicativos.

Consumo in home

Outras mudanças no comportamento do consumidor também se mostram persistentes. Quando avaliamos quem sustentou o consumo dentro dos lares, temos como destaque a classe DE (+7%), que incrementou seu consumo com mais cafés da manhã e jantares sendo preparados em casa.

Já a classe AB aumentou em 38% o uso de delivery no último trimestre. Ficando mais tempo em casa, as ocasiões de consumo in home cresceram 10%, principalmente no café da manhã (+14%) e almoço (+12%), com mais atenção a alimentos saudáveis.

Nas classes AB, a busca por uma alimentação saudável inclui consumo de frutas, saladas, legumes, castanhas e iogurte, enquanto entre as classes CDE a categoria saudabilidade abrange arroz, feijão, cereais infantis, leite em pó, sucos e vitaminas caseiras.

No geral, os brasileiros têm consciência sobre a importância e benefícios dos produtos considerados mais saudáveis. 57% declaram preferir alimentos orgânicos, 32% buscam produtos sem lactose e 40% sem glúten. Porém, 35% consideram o preço uma barreira.

Novos produtos

Durante a pandemia todas as classes incluíram novas categorias nos carrinhos. Desinfetante é unanimidade. Além dele, a classe DE passou a comprar mais pães industrializados, maionese e farinha de trigo. A classe C adotou a presuntaria e, a classe AB, a cerveja e o requeijão.

Por causa da proximidade, o pequeno varejo ganhou 3 milhões de novos compradores e o varejo tradicional mais de 2 milhões no último trimestre. As marcas próprias, que têm preço até 10% mais baixo, passaram a ser consumidas pela primeira vez por 2 milhões de brasileiros.

O atacarejo segue mantendo a tendência de crescimento, atraindo 4 milhões de brasileiros, com uma média de preços até 15% mais baixos. Além disso, as compras menores ganharam mais relevância e compras de proximidade cresceram 10%, assim como as reposição ou urgência (+9%).


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