2021 é um bom ano para trocar o carro...
ou voce deve esperar mais um pouco? Diante das medidas por causa da Covid-19, aumentou a procura por automóveis como meio de transporte. Os números mostram que o cenário atual de intenção de compra de veículos é otimista. Por outro lado, os preços altos e as altas taxas de juros podem ser um impedimento para a compra.
A segunda edição da pesquisa encomendada pela Anfavea à Webmotors mostrou que 75% têm intenção de adquirir um veículo ainda neste ano. “Este é um retrato do que o consumidor online está sentido agora, no momento da compra”, explica Rafael Constantinou, diretor de marketing da Webmotors.
A pesquisa, divulgada neste mês, foi feita com 4.240 pessoas – 74% já possuem carro e 26%, não. Dos que têm veículos, 73% pretendem trocar neste ano, enquanto 21% pretendem fazer a troca imediata. Em relação aos 26% que ainda não têm automóvel, 80% indicaram interesse em comprar em 2021, e 34% agora.
Quanto deve custar?
Apesar do otimismo, com o aumento na demanda, a tendência é de que os preços dos carros aumentem. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre janeiro e junho foram emplacados 5.451.498 automóveis e comerciais leves, seminovos e usados, com alta de 81% sobre 2020 e 6,4% sobre 2019.
Em contrapartida, um estudo feito pela Kelley Blue Book Brasil (KBB) apontou que, somente no primeiro semestre, os preços dos veículos usados de quatro a dez anos tiveram reajustes de 13,04%.
Já os números observados no segmento de seminovos, com até três anos de uso, reforçaram a valorização atual que os carros usados têm passado em 2021. O ano-modelo 2018 foi o que obteve a maior média de reajuste, com 12,8%.
Os carros novos – modelos 2022 – passaram de 7,5% de acréscimo, enquanto os modelos de 2021, que foram sendo substituídos ao longo do período e considerados desatualizados, tiveram seus preços estabilizados durante o primeiro semestre do ano, o que é favorável aos interessados em adquirir um veículo dessa categoria.
“A partir de junho, inclusive, tal estagnação de preços acompanha o aparente arrefecimento de demanda dos carros novos (além dos conhecidos obstáculos que a produção vem enfrentando), apontada pela Fenabrave, que registrou queda de 3,31% nas vendas no mês”, aponta o estudo.
E os juros dos financiamentos?
Segundo a última divulgação de dados do Banco Central, relativos às taxas de operação de crédito de maio de 2021, o saldo de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 4,2 trilhões – uma alta de 1,2% em relação ao mês anterior.
Além disso, houve queda nas taxas de sete das oito modalidades na comparação mensal. Para aquisição de veículos, por exemplo, os juros permaneceram em 21,3% ao ano.
Quais são as opções disponíveis?
Comprar ou não um carro em 2021 vai depender da sua necessidade. Especialistas indicam que é necessário avaliar a urgência da compra, o orçamento e o cenário. No entanto, existem algumas alternativas que podem ajudar o seu bolso nessa conquista.
Entrada: Se comprar a vista não é opção para você, uma ótima alternativa é investir em uma boa entrada. Assim, você diminui o valor a ser financiado, a quantidade de parcelas e os juros agregados ao contrato.
Consórcio: O consórcio é formado por um grupo interessado em comprar um automóvel. A cada membro do grupo, é dado o direito de comprar o bem negociado. Nessa modalidade, não há cobrança de juros, mas, sim, taxa de administração, que tem um valor mais acessível se comparada a outras formas de aquisição parcelada.
Leilão: Os carros comprados em leilão de veículos são vendidos sempre por um preço mais em conta para o comprador. Estima-se que eles sejam de 30% a 60% mais baratos do que os preços da tabela FIPE. Além disso, costumam apresentar uma enorme variedade de modelos de automóveis.
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