Dengue e casos graves sobem na Bahia

Dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) mostram que neste ano, até 5 de agosto, foram notificados 39.896 casos prováveis de dengue, 28,3% mais do que no mesmo período do ano passado (31.102). A situação afeta mais gravemente 24 municípios, que estão em situação epidêmica.

Entre eles estão Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas e Santo Antônio de Jesus. A Sesab comunicou também um aumento de 168% nos casos de dengue grave no primeiro semestre de 2023, de 250 registros no ano passado, para 670 neste. O número de mortes, no entanto, teve uma redução de 55%.

Na capital, o crescimento de casos de dengue acendeu um alerta preocupante. Isso porque os dados da Vigilância em Saúde, vinculada à Prefeitura de Salvador, revelam que, no comparativo entre 2022 e 2023, ocorreu um incremento de 669,8% dos casos registrados da doença entre janeiro e agosto.

Com o aumento da dengue na Bahia e das manifestações mais graves da doença, cresceu a preocupação com a prevenção, principalmente com a chegada das estações mais quentes do ano (primavera e verão), observa o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde Claudilson Bastos.

Ele destaca que esses períodos, principalmente o verão, concentram mais chuvas e mais locais com possibilidade de água parada, ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. “É aquela velha história: onde tem água parada tem risco de pliferação da dengue".

"Os mosquitos usam esses espaços para colocar suas larvas, aumentando, assim, o contingente de mosquitos nas cidades. E isso pode propiciar um maior número de pessoas contamidas”, informa o especialista, alertando que as pessoas devem redobrar os cuidados.

“É importante evitar que Aedes aegypti, responsável também pela transmissão zika e chikungunya, tenha locais para se reproduzir, a exemplo de vasos de planta, calhas das casas, pneus, garrafas, tanques de água abertos e piscinas sem o cuidado adequado”, acrescenta.

Além do aumento da dengue, há um maior número de ocorrências de contaminação por zika na Bahia. O último boletim de arboviroses da Sesab aponta que, até 7 de agosto, foram 1.689, um incremento de 81,4% na comparação com 2022, quando foram registrados 931 casos.

Com relação à chikungunya, a Bahia registrou uma redução de ocorrências de 17,4%, de janeiro a agosto. Foram 13.778 casos prováveis contra 16.687 registros no mesmo período de 2022.

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sao pedro