Lista de indicados agita política de Itabuna
Uma lista de supostos funcionários contratados pela Prefeitura de Itabuna por indicação política gerou ruído na cidade e virou assunto de rodas de conversa, blogs e programas. O Conexão Morena, que via ao ar de segunda a sexta, às 6h, na Morena FM, comentou o barulho mas alertou para a pressa em julgar.
O host Oziel Aragão lembrou que a lista foi divulgada de forma anônima e sem comprovação. Para ele, não se pode aceitar gente contratada que não trabalha, mas a indicação de políticos é normal em qualquer cidade. Ela em si não é crime nem demérito algum. Ganhar sem trabalhar, sim.
A acusação é de que muitos dos nomes da lista não trabalham de fato. Porém, não se sabe se a lista é legítima, se quem repassou tem interesse político no desgaste da administração, se nomes foram plantados. Oziel disse que cabe ao Ministério Público investigar e apurar se há alguma verdade na acusação.
A lista tem mais de 700 nomes, não distingue quem é servidor de carreira, concursado ou comissionado, e tem formato diferente do gerado pelo portal da transparência, onde os dados municipais são registrados. Ao lado de cada nome aparece o de quem indicou para o cargo.
Um detalhe curioso é que na lista aparecem os nomes do apresentador Tom Ribeiro, sua esposa e filhos. Todos eles apareciam em uma lista semelhante, da gestão do prefeito anterior, Fernando Gomes, só que aquela foi retirada do portal da transparência na época. Outra curiosidade é motoboy indicando para cargos.
A oposição a Augusto Castro tratou a lista anônima como verdade. O deputado estadual Fabrício Pancadinha (SDD) disse que a gestão municipal deve prestar esclarecimentos à sociedade. “O povo quer saber a verdade. A bomba acabou de explodir”, exagerou o parlamentar.
A Prefeitura emitiu uma nota de esclarecimento, assinada pelo secretário de Gestão e Inovação, Moisés Figueiredo de Carvalho, que lembra que as informações sobre os servidores de Itabuna "são públicas e estão disponíveis no Portal da Transparência".
Ele destaca que a atual gestão estabeleceu como regra a contratação de servidores por seleção pública, além de 487 vagas via concurso. “Os processos seletivos, bem como a realização do concurso público, contam com ativa participação do Ministério Público do Estado da Bahia, em todas as suas fases”.
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